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GRETA E BOLSONARO
Em resposta a Bolsonaro, Greta debocha e escreve em seu perfil no Twitter: "Pirralha"
Redação

Bolsonaro chamou Greta Thunberg de "pirralha", após ser questionado sobre o assassinato de dois indígenas no Maranhão. Em resposta ao ataque do presidente, que questionou a ativista, Greta escreveu na descrição de seu perfil no Twitter: "Pirralha".

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Bolsonaro chamou Greta Thunberg de "pirralha", após ser questionado sobre o assassinato de dois indígenas no Maranhão. "Qual o nome daquela menina lá, lá de fora? Tabata, como é? Greta. Já falou que índios estão morrendo porque estão defendendo a Amazônia. Impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, uma pirralha", disse Bolsonaro.

Saiba mais: Bolsonaro chama Greta de "pirralha" após jovem denunciar mortes de indígenas no Maranhão

Perfil de Greta. Foto: reprodução da internet

Em resposta a Bolsonaro, a jovem Greta modificou a descrição de seu perfil no Twitter para "Pirralha". O ataque contra Greta veio após a ativista se posicionar em relação ao desmatamento no Brasil. "Os povos indígenas estão sendo literalmente assassinados por tentar proteger as florestas do desmatamento. Repetidamente. É vergonhoso que o mundo permaneça calado sobre isso", escreveu Greta, que compartilhou nas redes sociais uma notícia da Al Jazeera sobre as mortes no Brasil.

Veja também: Em declaração racista, Bolsonaro chama indígenas de "pré-históricos dentro de suas terras"

Não é a primeira vez que a família Bolsonaro ataca a jovem Greta. Após o discurso da jovem na Assembleia da ONU em setembro deste ano, logo após o escândalo international das queimadas na Amazônia, Eduardo Bolsonaro espalhou fake news contra Greta para deslegitimar seu discursos e seu ativismo pelo meio ambiente.

Bolsonaro, que já anunciava em sua campanha uma verdadeira ofensiva contra as comunidades indígenas e quilombolas, atua sob um projeto de governo que avança na destruição do meio ambiente e na perseguição de comunidades originárias, se apoiando em dezenas de ataques racistas. Sua política e seus discursos racistas tem de fundo o objetivo de transformar o Brasil num paraíso aos ruralistas, garantindo seus lucros, fomentando a destruição ambiental desenfreada e a liberação de agrotóxicos.

Ao mesmo tempo, está mais do que comprovado que as políticas "verdes" levadas adiante pela ONU e pela União Européia não passam de mero engodo para a criação de um mercado de créditos de carbono que visam beneficiar as potências em detrimento do desenvolvimento produtivo de países subdesenvolvidos e semicoloniais. Em outras palavras, a Alemanha de Merkel e a França de Macron não tem absolutamente nenhum interesse na defesa da natureza, mas sim, defendem suas burguesias nativas, propondo uma agenda imperialista "verde" na qual suas empresas multinacionais participam diretamente da exploração e destruição da riqueza natural de países subordinados economicamente à estas potências.

É por isso que o movimento das juventudes que se levanta no mundo contra a degradação ambiental não pode ter nenhuma ilusão em saídas individuais ou na regulação ambiental por parte de instituições internacionais do imperialismo. Em outras palavras, não podemos nos iludir que discursos nas assembleias da ONU ou nas cúpulas do clima vão sensibilizar qualquer um dos chefes de estado - e muito menos os chefes dos países imperialistas. Somente a classe trabalhadora tomando controle da produção pode dar uma saída para a grave crise ambiental gerada pelo capitalismo.

Leia mais: O capitalismo destrói o planeta, destruamos o capitalismo

 
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