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MASSACRE DA PARAISÓPOLIS
Samu afirma que a Polícia cancelou pedido de socorro durante o massacre em Paraisópolis
Redação

O serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu) afirmou que um pedido de socorro solicitado as pessoas agredidas pela Polícia Militar em Paraisópolis foi cancelado após receberem informação que a PM já teria "socorrido" as vítimas.

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O serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu) afirmou nesta terça (03) ao SP1, da Globo, que havia um pedido de socorro solicitado por uma pessoa durante a ação policial que acabou em um massacre com nove mortes em um baile funk no bairro de Paraisópolis na zona da cidade de São Paulo. Segundo o Samu, o atendimento foi cancelado logo após que a Polícia Militar de SP informar ter socorrido já as vítimas.

Segundo as informações do próprio SP1, o pedido de atendimento aconteceu às 4h18 da madrugada de domingo (01). Um jovem, que não se identificou, pediu socorro alegando que ela e um amigo teriam sido agredidos pela polícia e que uma bomba lhe causou ferimentos nas pernas e estourou o olho do rapaz. Ela relatou também violência sexual e que havia outras vítimas no local.

Alguns minutos depois, a solicitação foi transferida para outra viatura do Samu. Às 4h29, a solicitação foi classificada como “alta emergência”. Já as 4h47, um soldado do Corpo de Bombeiros cancelou a solicitação afirmando que a PM teria alegado já ter socorrido às vítimas.

Isso é extremamente escandaloso. O massacre cometido num dos maiores bailes funk do país gera dor e revolta, nove vidas interrompidas de uma forma brutal, nove jovens cheios de sonhos e esperanças, vítimas da repressão de um Estado racista e assassino. O governo Dória já afirmou que não irá punir os policiais dizendo que a culpa não foi da PM pois ocorreu troca de tiros. Os moradores de Paraisópolis, porém, afirmam que não ouviram nada antes da ação da violenta da polícia.

Veja também: “Não houve acidente. A morte dos 9 jovens é fruto de uma política de repressão do Estado racista", declara Marcelo Pablito

A política de Bolsonaro, Doria e toda extrema direita alimenta o ódio contra a juventude e os negros, reforça o caráter racista da polícia assassina e legitima ainda mais suas ações repressivas.

Mais uma vez, o Estado racista e seu braço armado tem suas mãos sujas do sangue da juventude. O assassinato desses jovens não pode passar impune. Exigimos a apuração do caso e que as investigações sejam acompanhadas e fiscalizadas rigorosamente por representantes dos direitos humanos, movimentos sociais e organismos da classe trabalhadora para que os policiais envolvidos não sejam acobertados.

 
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