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CENTRAIS SINDICAIS
Centenas de jovens, negros e trabalhadores precários ocupam as ruas neste domingo, cadê as centrais sindicais?
Redação

Neste domingo (7), milhões de pessoas voltaram as ruas em todo mundo para lutar contra a repressão estatal e a violência policial. Da Inglaterra, Milão, Budapeste, Italia, Alemanha, na China e também no Brasil. Desde manhã em Brasilia e também Belo Horizonte, e agora a tarde no Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul há enormes mobilizações. Mas aonde estão as centrais sindicais, como a CUT e CTB que não estão nas ruas se solidarizando a luta anti-racista e anti-fascista?

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Um grande ausente nas mobilizações no Brasil são as centrais sindicais, que já vinham cumprindo quarentena enquanto a maioria dos trabalhadores continuam trabalhando e colocando suas vidas e de seus familiares queridos em perigo. Os recentes casos de assassinatos de negros pela polícia, ou o escandaloso caso do jovem Miguel explodem a fúria negra que se expressa além das manifestações de hoje, também um enorme repúdio nas redes sociais.

No país com maioria de negros fora da Africa, a maioria dos trabalhadores são negros e estão sensibilizados pela enorme fúria negra que se levantou nos EUA e se estendeu por todo o mundo, após o escandaloso assassinato de George Floyd. Este momento abre uma enorme possibilidade de organizar este sentimento de revolta em cada local de trabalho e oferecer uma saída de fundo para a crise política nacional que vem se aprofundando com as escaladas autoritárias de Bolsonaro, os efeitos da crise econômica e também a crise sanitária, que em meio a onda crescente de contagio, Bolsonaro busca censurar os dados para garantir a reabertura econômica, que demonstra que para os capitalistas o lucro está acima da vida da população.

É criminosa a posição das centrais sindicais que se limitam a trocar as suas fotos nas redes sociais com os dizeres "Antifascista", mas se recusam a confluir com o movimento que se coloca nas ruas para dar uma resposta de conjunto a esta situação no país, sem confiar nos acordos com setores asquerosos como Doria, FHC ou Witzel.

Os trabalhadores de aplicativos que estão nas manifestações, e são completamente ignorados pelas centrais sindicais, mostram o caminho ao dizerem que em breve veremos um novo "Black Panters Entregadores". É com essa moral e força que precisamos exigir de cada sindicato organizar nos locais de trabalho uma forma consequente para enfrentar Bolsonaro, Mourão e os militares para poder salvar a vida da população, especialmente dos negros, que são os que mais morrem pela Covid-19, pelas balas da policia e pelo lucro capitalista.

 
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