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RIO GRANDE DO SUL
Quem é Fabio Ostermann, liberalzinho que só vai em escola para atacar greve da educação?
Redação Rio Grande do Sul
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Em meio à importante greve do magistério gaúcho, um deputado estadual se esforçou para passar vergonha com a categoria. Fabio Ostermann, deputado pelo NOVO, e um vereador do NOVO de Viamão, postaram foto nas redes sociais dizendo que estavam “visitando escolas estaduais avaliando o impacto da greve sobre alunos da rede pública”. Veja a foto abaixo, onde a pose de bate-pau mostra a função de cão farejador do governador a que se prestam os meninos neoliberais.

A cara de pau é do tamanho do ataque de Leite aos professores. O deputado liberal do NOVO, desde que surgiu na política, pelos idos de 2015, nunca abriu a boca para falar da situação das escolas públicas do estado, para denunciar os parcelamentos de salário ou para propor algo que melhore a situação da educação pública. Desde sua eleição, Ostermann nunca visitou uma escola para conversar com os professores e alunos e saber a real situação do magistério. Nunca deu um pio sobre a falta de merendeiras ou infraestrutura nas escolas. Nunca denunciou as péssimas condições de trabalho dos professores. Mas agora que a categoria luta em defesa de seus direitos e em defesa da educação pública, a figura tem a pachorra de “visitar escolas” para “avaliar o impacto da greve”. Um claro ataque à luta dos educadores que se enfrenta contra um pacote que visa arrasar o ensino público e os direitos dos servidores estaduais.

Mas afinal, quem é o liberalzinho que atua como cão farejador do governador? Para quem não conhece, Fabio Ostermann foi catapultado na política brasileira através dos atos de impeachment em 2015, quando liderou os atos coxinhas no parcão para tirar Dilma do poder e colocar Temer no lugar. Mas o seu passado é ainda mais tenebroso. Ostermann foi treinado por setores do capital grosso norte-americano antes de subir no caminhão de som no parcão. Junto de outras figuras, Ostermann participou do grupo Estudantes Pela Liberdade, fundado em 2012, grupo que acabou dando origem ao famigerado MBL. Sim, Ostermann foi colega de figuras execráveis como Kim Kataguiri e Renan Santos. Abaixo, foto de Fabio com Kim, em Nova York, em evento organizado pela Atlas Institute, em 2015.

E se puxarmos ainda mais esse cordão, veremos que o EPL foi financiado com dinheiro generoso do Atlas Institute. Para quem não sabe, a Atlas Network é uma fundação criada pelos irmãos Koch, magnatas do petróleo norte-americano, e que impulsiona formação de líderes neoliberais e reacionários por todo o globo terrestre. Ou seja, seguindo o bordão Hollywoodiano de “follow the money”, a formação política de nosso detestável deputado estadual tem origem no dinheiro de alguns desses “donos do mundo”, como é o caso dos irmãos Koch. A família dos magnatas ficou famosa no século XX por apoiar figuras como Benito Mussolini. Para saber mais quem são esses caras, acesse o link aqui..

Ou seja, formado pela escola de alguns dos homens mais ricos e poderosos do mundo, Fabio Ostermann fez carreira odiando a esquerda e os trabalhadores. Se elegeu deputado estadual defendendo a diminuição do Estado sob os preceitos de Hayek e Mises, e desde então passou a angariar ódio por parte dos heroicos professores do Rio Grande do Sul. Publicou recentemente tweet que dizia receber “diversas mensagens” de estudantes contra a greve. Mas curiosamente não chegou a publicar nenhuma dessas “diversas mensagens”. Do alto do seu salário de R$ 25 mil, o deputado tem a sem-vergonhice de pedir mais arrocho aos educadores e destruir seus planos de carreira. Instruído na Casa Grande, Fabio Ostermann quer escravizar os professores do Estado, defendendo um salário miserável para quem trabalha 40 horas semanais, sob as condições da escola pública que muitos conhecem e sabem os problemas, com zero perspectivas de subir na carreira ao longo dos anos. A cada dia que passa, fica mais claro que os intentos do senhor Fabio Ostermann atendem aos interesses dos milionários, dos grandes bancos, de quem nunca precisou trabalhar na vida e, agora, diante da enorme crise econômica criada por eles mesmos, querem que os trabalhadores e a juventude paguem por ela. Como já dizia o poeta, “meninos mimados não podem reger a nação”. Que a força da greve dos professores gaúchos coloquem esses meninos mimados no seu lugar e derrotem Leite, Bolsonaro e todos os que trabalham tirar dos trabalhadores para dar aos grandes bancos e grandes empresários.

 
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