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NACIONAL
“Agora é preciso derrotar as reformas e os ataques, que as centrais apresentem um plano de luta", afirma Marcelo Pablito
Redação

Conversamos com Marcello Pablito, trabalhador do bandejão da USP, dirigente sindical dos trabalhadores da mais prestigiosa universidade do país sobre a libertação de Lula e as perspectivas para a luta dos trabalhadores.

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Depois de centenas de dias de prisão arbitrária Lula foi solto essa tarde. Sua libertação vivamente sentida por muitos jovens e trabalhadores mostra a debilidade de parte do imenso arranjo político-midiático-judicial para realizar o golpismo. Sua libertação pode ser um necessário ponto de apoio para avançar contra todo autoritarismo e golpismo. Para isso é preciso superar a imensa trégua que as centrais sindicais tem dado ao governo Bolsonaro, "é preciso exigir um plano de lutas contra as reformas e os ataques", afirmou Marcello Pablito, diretor do Sindicato de Trabalhadores da USP, e candidato a eleição nessa combativa entidade sindical na "Chapa 2 – Unidade Pela Base contra Bolsonaro, os golpistas e os ataques".

Em conversa com o Esquerda Diário ele afirmou: “Em primeiro lugar é preciso remarcar como a prisão de Lula foi crucial para realizar uma eleição manipulada, como nós do Esquerda Diário sempre denunciamos, uma eleição que tinha como objetivo garantir a continuidade do golpe. Um golpe que só pode se consolidar com as mãos do judiciário, inclusive dos ministros que agora criticam a Lava Jato.”

“Em todo esse tempo ficou mais do que provado a arbitrariedade do judiciário. É possível e necessário partir dessa raiva sentida por milhões para avançar contra todo o golpismo. Para isso é preciso dizer um forte basta à paralisia imposta aos trabalhadores e à juventude pelas direções do movimento de massas. Elas deixaram passar a Reforma da Previdência sem luta, e suas direções políticas, como o PT e PCdoB, tentam costurar acordos com o centrão contra Bolsonaro e a Lava Jato. Só podemos confiar no caminho da luta de classes para enfrentar os ataques e a extrema direita. Não será com acordos com partidos burgueses como o PDT, PSB e nem falar outros partidos do centrão, em uma chamada frente de esquerda ou frente democrática que enfrentaremos o golpismo. Esses partidos tiveram muitos parlamentares que votaram a favor da Reforma da Previdência, não só Tabata Amaral mas também Kátia Abreu e vários outros.”

Pontuando o que é necessário fazer o trabalhador do bandejão da USP e dirigente sindical pontuou: “ É preciso batalhar pela imediata ruptura da criminosa trégua que as centrais sindicais estão dando a Bolsonaro e todos seus ataques e exigir dos sindicatos, da UNE, das centrais sindicais como a CUT e CTB, que levantem um plano para reverter cada ataque que tem sido aprovado e garantir o fim de processos arbitrários como o de Lula, além da justiça por Marielle, uma ferida do golpe. É preciso construir em cada local de trabalho e estudo uma força militante que possa desafiar os freios que as direções dos sindicatos e do movimento estudantil colocam. É possível e necessário avançar para exigir anulação de todos processos da Lava Jato, impor que todos casos de corrupção sejam julgados por júri popular, que todos juízes sejam eleitos e ganhem como uma professora, e partir do questionamento ao racista e golpista judiciário possamos avançar contra cada medida contra a educação, a saúde, as aposentadorias e direitos trabalhistas já votadas ou que estão lá no Congresso aguardando para ser votados”.

 
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