Desde terça-feira, Nicolás del Caño está no Chile. O deputado nacional e ex-candidato à presidência da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores - Unidade está no país para levar sua solidariedade à luta do povo chileno; denunciar a repressão brutal que está acontecendo e realizar reuniões com organizações sociais, políticas, sindicais e estudantis.
Já no dia de sua chegada, Del Caño se encontrou com vários meios de comunicação, incluindo o jornal "La Tercera".
Nesta quarta-feira, logo após o meio dia, ele se encontrou com funcionários da Cruz Vermelha Chilena. Na reunião, eles receberam um relatório que conta a violação dos direitos humanos pelo governo Piñera. O organismo indica que registrou cerca de 2.200 pessoas feridas nas últimas semanas.
Del Caño participou da reunião com Dauno Tótoro, dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores Revolucionários (PTR) no Chile.
Mais tarde, durante a tarde, os dois dirigentes se reuniram com a Comissão de Ética contra a Tortura, onde receberam novas denúncias sobre a repressão realizada pelo governo Piñera.
Uma repressão que nas últimas 72 horas tornou-se evidente novamente, com as forças repressivas agindo nos bairros ou entrando nas escolas secundaristas, para atirar nos estudantes.
Nesta quinta-feira, Del Caño se encontrou com trabalhadores da saúde no hospital Barros Luco, localizado na zona sul de Santiago. Nessa instituição, os trabalhadores seguem paralisados, exigindo "Fora de Piñera" e fazendo um chamado a uma greve geral para derrotar o governo. Então, Del Caño marchou com eles pelas ruas de Santiago.
À noite, o ex-candidato à presidência da Argentina participará de uma conversa com estudantes e jovens sobre a situação na América Latina e no Chile. Será transmitido pelo "La Izquierda Diario Chile" a partir das 20h.
Nesta sexta-feira, Del Caño viajará para a cidade de Valparaíso, onde se encontrará com organizações sociais, sindicais e de direitos humanos. Ele também realizará uma reunião com os militantes do Partido dos Trabalhadores Revolucionários (PTR) da região.
No sábado, ele retornará a Santiago, no Chile, onde fará parte de uma assembléia convocada pelos trabalhadores e trabalhadoras do hospital Barros Luco - também convocado pelo Cordón Centro - para discutir as perspectivas da luta no Chile.
Na semana passada, Del Caño apresentou na Câmara dos Deputados um projeto para repudiar a repressão brutal sofrida pelo governo Piñera, denunciando as dezenas de casos de tortura, muitos deles com conotação sexual, estupros e até desaparecimentos.
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