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FEMINICÍDIO
Feminicídio aumenta 167% na capital de SP sob comando do PSDB de João Doria
Redação

Dados divulgados pela Rede Nossa São Paulo apontam que feminicídios aumentaram 167% na capital paulista. A diferença entre bairros nobres e bairros mais pauperizados aponta uma profunda relação entre a pobreza e a violência contra a mulher.

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A violência contra a mulher cresceu na capital paulista. É o que mostra o Mapa da Desigualdade Social 2019, publicado nesta terça-feira, 5, pela Rede Nossa São Paulo. De acordo com o levantamento, feito com dados de 2018, os feminicídios aumentaram 167% em toda a cidade, e as ocorrências de violência, 51%. Os distritos da Sé e Barra Funda concentram as maiores taxas de ocorrência nos dois indicadores.

Além disso, um dos principais destaques é a média de idade com que as pessoas morreram em 2018. Enquanto em Moema esse valor é de 80,57, em Cidade Tiradentes, é de 57,31, contabilizando mais de 20 anos de diferença entre os dois distritos. Os dados de dez diferentes áreas e 53 indicadores mostram a realidade dos distritos da capital paulista através do "desigualtômetro", que evidencia a diferença entre a melhor e a pior região.

Assim, os dados também denunciam que a pobreza aponta uma relação íntima com a situação de violência contra a mulher, tornando ainda mais vulneráveis aquelas que sofrem as agressões.

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Pela primeira vez, o estudo traz dados sobre violência, com comparativo de agressões contra a mulher, incluindo o feminicídio, violência homofóbica, transfóbica, violência de racismo e injúria racial.

O Mapa mostra que a Sé lidera os casos de violência contra a mulher na capital paulista. Foram registradas 8,4 ocorrências de feminicídio para cada 10 mil mulheres na faixa de 20 a 59 anos na região, número 56 vezes maior que em outros 20 distritos da cidade. A violência contra a mulher também é maior nesse mesmo distrito, com 803,9 registros.

Dados divulgados este ano pelo 13º Anuário corroboram com os dados escandalosos encontrados por esta nova pesquisa, mostrando o cenário brutal contras as mulheres, que avançam à passos largos no governo Bolsonaro, que fomenta todo tipo de ódio contra mulheres, negros, LGBTs e indígenas. Entre as meninas vítimas de violência sexual a maioria tem até 13 anos, sendo o principal grupo entre elas são as vítimas de até 9 anos.

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Ao contrário do que brada a direita reacionária, como Damares, ministra de Bolsonaro, que defendeu que o problema dos abusos de meninas no Pará é porque não usam calcinha, as violência domésticas e sexuais ocorrem, majoritariamente, nos espaços domésticos e os agressores são familiares e conhecidos.

Assim, este problema real que atinge milhares de mulheres não será combatido com o conservadorismo presente no governo, tanto federal (Bolsonaro-PSL) como no estadual (João Dória - PSDB) que em dias atrás mandou recolher material das escolas públicas que abordavam sobre a diversidade sexual sem fundamentação alguma.

A luta pela vida das mulheres não se limita na luta contra o machismo, mas sim contra o capitalismo, que constrói, mantém e se utiliza da ideologia patriarcal para manter as mulheres reféns em suas vidas e se afastarem de qualquer luta verdadeira pela emancipação da humanidade.

Com informações de Agência Estado

 
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