Nos últimos dias a oposição ao governo anunciou que na próxima semana se retomarão as mobilizações contra o governo de Moïse, acusado de diversos casos de corrupção, entretanto o presidente declarou que: “não está apegado ao poder e sim às reformas que pretende implementar”.
Essas são a reforma constitucional e a modificação da lei aduaneira e ao setor energético. Porém Moïse tem mandado reprimir cada mobilização e inclusive os atos funerários de vítimas da mesma polícia mandada pelo presidente.
Declarou que se deve “ver como podemos tirar proveito desta crise, como fazer desta crise uma oportunidade”, mas é claro que nenhuma saída que venha de seu governo subordinado aos mandatos do FMI e do governo estadounidensa lhe darão uma saída às terríveis condições de vida do povo haitiano.
Devido à paralização de atividade diversas empresas, principalmente hotéis na capital, têm demitido centenas de trabalhadores.
Da mesma forma as escolas se mantém fechadas há mais de um mês. Na última segunda-feira os principais sindicatos de professores se somaram às mobilizações e denunciaram que os direitos econômicos de mais de 200 mil docentes são violados pelo atual governo.
Além disso, em 17 de outubro a ONU anunciou que a continuidade de suas políticas intervencionistas com o programa BINUH [Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti, NdT], que será a continuação do MINUJUSTH [Missão das Nações Unidas para o Apoio à Justiça no Haiti, NdT] que, por sua vez, foi precedido pelos Capacetes Azuis [como são chamadas as tropas da ONU, NdT], responsáveis por vários assédios contra os haitianos.
As manifestações no Haiti se mantém em um contexto convulsivo a nível internacional, onde cada vez mais trabalhadores e jovens saem às ruas para lutar contra seus governos e os planos do FMI.
|