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REFORMA ADMINISTRATIVA
Maia quer urgência em leis para demitir e cortar salários de servidores
Redação

Olhando para o retorno da luta de classes Maia declarou que quer máxima urgência na aprovação da chamada reforma administrativa. Ele quer começar a votação semana que vem. Seu foco é trucidar direitos dos servidores públicos.

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Entre as principais medidas que ele defende estão a possibilidade de demissão de servidores públicos, possibilidade de corte de salários e direitos, a contratação pela CLT e não pelos direitos atuais, instituição de gatilhos para que quando a União ou os estados tiverem determinado nível de endividamento sejam os servidores que paguem a conta, tendo perda de salários. A dívida pública, esse roubo do orçamento nacional deve ficar intocada, bem como os privilégios do alto escalão do funcionalismo, os juízes, diplomatas, generais.

Maia e outros defensores da reforma declaram querer combater privilégios, mas nada é mais falso que isso. Essa medidas não tocarão juízes que determinam seus próprios salários, não tocarão generais que terão aumentos de 75% em seus salários por decisão de Bolsonaro, mas sim os servidores públicos do mais baixo escalão, como professores, trabalhadores da saúde pública estadual, técnicos de órgãos detestados por Bolsonaro como a FUNAI, Ibama, etc.

Maia foi a público hoje declarar sua pressa com essa reforma. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 21, que pode aproveitar textos que já estão em tramitação na Casa para acelerar a reforma administrativa pretendida pelo governo Jair Bolsonaro. A estratégia, porém, ainda depende do aval de lideranças e também da equipe econômica. A expectativa, segundo Maia, é iniciar até a próxima semana a discussão da reforma administrativa na Câmara. Isso poderá ser feito com ou sem texto do governo.

"Podemos utilizar um texto que não é do governo, se o governo não tiver nenhum tipo de constrangimento e vaidade em relação a isso, para que a gente já possa começar debate do mérito nas próximas semanas", disse Maia após se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, na sede da pasta em Brasília.

Importantes jornalistas estão há semanas exigindo prioridade nesse ataque. William Waack do Estadão escreveu coluna exigindo que essa reforma fosse o “centro de gravidade” do governo. Diversos jornais realizaram uma verdadeira campanha unificada semana passada publicando estudos do Banco Mundial em suas capas, exigiam a redução de salários dos servidores.

A declaração de prioridade Maia depois de reunir-se com Guedes, que está calado sobre o Chile, país que sempre foi seu sonho de capitalismo. A pressa de Maia acontece ao mesmo tempo que outros deputados tentam na surdina praticamente acabar com o auxílio doença dos trabalhadores, e pouco tempo depois do levante equatoriano que obrigou o presidente a retirar o pacote de ataques que ele tinha fechado com o FMI, e acontece no mesmo dia em que as ruas chilenas estão tomadas pela juventude e por trabalhadores em greve que desafiam o toque de recolher do presidente Piñera, aliado de Bolsonaro.

A luta de classes golpeia as expectativas, quebra o símbolo neoliberal tão elogiado pela burguesia brasileira. É possível que Maia pressinta o perigo de mudança na luta de classes no país e quer avançar já para garantir maiores avanços da agenda econômica do golpismo.

Leia também o editorial do MRT: “O retorno da luta de classes e o medo de Bolsonaro

Com informações da Agência Estado

 
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