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Abaixo o toque de recolher! Greve geral até a retirada dos militares e conquistar as demandas
Redação

Em uma decisão escandalosa diante da reação popular, que enfrentou o Estado de Emergência, foi imposto o toque, desde ontem a partir das 22:00 horas, para aumentar a repressão contra os protestos legítimos da população.

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Por sua vez, Piñera anunciou a "suspensão" do aumento da tarifa diante da enorme mobilização popular, enquanto mantém a militarização e o toque de recolher. É urgente que organismos de direitos humanos, a CUT, a Confech, Colégio de Professores, Coordenadora No + AFP e as organizações sociais convoquem uma greve geral, que partindo de derrotar o Estado de Emergência e retirar os militares das ruas, avance para derrotar o governo e conquistar cada uma de nossas demandas.

Após as mobilizações massivas por todo o país, ocasionadas pelo aumento da tarifa de transportes, e potencializada pelo enorme mal-estar social, o governo de Piñera anunciou na sexta-feira, 18 de outubro, o Estado de Emergência, buscando gerar temor e medo na população. Em resposta a isso, durante o sábado os protestos e as manifestações cresceram, desafiando o governo, e protestos massivos ocorreram em Santiago, se entendendo a outras cidades do país como Antofagasta, Valparaíso, Rancagua, Concepção, Temuco, Valdivia, entre outros lugares.

Diante disso, o governo de Piñera anunciou duas medidas: uma suspensão do aumento de $30 na passagem do Metro; a conformação de uma "mesa de diálogo" entre os mesmos atores que mantém este questionado regime autoritário, além de, na voz do General do Exército, anunciarem o toque de recolher a partir das 22 horas. Se trata de uma medida completamente autoritária que remete aos piores tempos da Ditadura Militar. A direita mostrou sua verdadeira cara autoritária. Abaixo o toque de recolher! Abaixo o Estado de Emergência!

A "suspensão" da tarifa responde a uma medida desesperada para conter a rebelião. A força que mostraram os protestos é o caminho as seguir, e expressam que podemos ir por muito mais, derrotar o Estado de Emergência e conquistar todas as nossas demandas. Não podemos confiar nem ter nenhuma ilusão no governo! Não é suficiente a suspensão da tarifa!

Este sábado junto aos protestos, começaram a surgir as primeiras iniciativas de organização. Os portuários fizeram um chamado para preparar a greve geral e este sábado os portos de Iquique e Santo Antonio paralisaram. Estão sendo convocadas e realizadas assembleias em distintos pontos do país, de trabalhadores, mulheres e estudantes. São os primeiros passos de uma dinâmica em ascenso cuja tendência é que se desenvolva. Entretanto, organizações como a CUT, dirigida pelo Partido Comunista e outras organizações sindicais dirigidas pela Frente Ampla, se negaram até agora a convocar uma greve nacional. Ainda que se neguem ao diálogo com o governo enquanto se mantenha o Estado de Emergência, não chamaram a convocar nenhuma ação que ponha a classe trabalhadora e as organizações de massa a frente da revolta popular.

O chamado dos portuários se faz urgente. As principais organizações sindicais como a CUT é a Coordenadora NO+AFP, a Confech é as demais organizações reunidas na "mesa social", devem convocar já uma greve geral que partindo de derrotar o Estado de Emergência e retirar os militares das ruas, avance para derrotar o governo e conquistar nossas demandas como a estatização do transporte público sob gestão de trabalhadores e usuários; a redução da jornada de trabalho, com um salário mínimo que atenda a cesta básica familiar e a divisão das horas de trabalho entre ocupados e desocupados; fim das AFP e por um sistema de repartição gerido por trabalhadores e aposentados; e o fim da repressão que tanto aflige a população frente cada manifestação social.

Devemos acabar com toda a herança da ditadura, e impulsionar sob as ruínas do regime, uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana baseada na mobilização, no caminho de lutar por um governo das e dos trabalhadores em ruptura com o capitalismo.

 
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