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RODRIGO MAIA
Para haver “aumento real” no salário mínimo é preciso atacar servidores, diz Rodrigo Maia
Redação

Rodrigo Maia foi ao programa Poder em Foco, do SBT, para defender que é necessário atacar a estabilidade e os salários dos servidores públicos se os trabalhadores quiserem aumentos acima da inflação no salário mínimo.

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O presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, foi ao programa Poder em Foco, do canal SBT, e despejou declarações absurdas e quase que em tom de chantagem sobre o salário mínimo e os servidores públicos.

Maia defendeu o que vem colocando a muito tempo, que é necessário “enxugar o Estado”, e agora o coloca como condicionante para que possa haver geração de emprego e também um aumento “real” do salário minimo (ou seja, aumento acima da inflação) que se ataque os salários e condições dos servidores públicos.

Mas o que significa isso que Maia chama de “enxugar o Estado”? Por trás de um discurso demagógico, que pode eventualmente citar as cúpulas do Supremo ou de outras instituições, Maia carrega o real sentido dessa diminuição de gastos, que tem como principal foco os servidores públicos.

Ele defendeu que é necessária uma reforma administrativa, um brutal ataque aos salários e a estabilidade dos funcionários públicos. Ele faz críticas diretas aos salários dos servidores, pintando diversas categorias como uma “aristocracia” dos trabalhadores brasileiros. No programa ele declarou também que a estabilidade precisa de regras, e quer que exista a possibilidade de minar esse elemento fundamental para o servidor público. Com base em metas de desempenho, ele afirma que "A estabilidade vai ter regras, não é uma estabilidade completa".

Maia por trás de seu discurso esconde uma chantagem evidente. Dizer aos trabalhadores mais empobrecidos, e que sofrem com os baixíssimos valores do salário mínimo no Brasil e os aumentos na inflação, que para poder gerar empregos e aumentos no salário para superar a corrosão da renda, é necessário então “enxugar o Estado”, e atacar outros trabalhadores para isso.

Tentando virar trabalhadores contra trabalhadores, ele faz demagogia com a situação temerária de vários brasileiros que inclusive recebem menos do que um salário mínimo, ou como mostra a pesquisa da Pnad Contínua, vivem com menos que R$ 500 reais, situação de metade dos brasileiros.

Maia é um dos grandes inimigos da classe trabalhadora, e é responsável pelo avanço de ataques que cada vez mais destroem as condições de vida no Brasil para os trabalhadores e os jovens. Ele foi o grande articulador da Reforma Trabalhista e da terceirização irrestrita, e é agora igualmente com a Reforma da Previdência e uma série de outros ataques que os deputados querem aprovar, como essa sua reforma administrativa.

É necessário responder a esses ataques, que vem se acentuando cada vez mais desde o golpe institucional de 2016, e que agora com o Governo Bolsonaro, se intensificam mais ainda, para destituir direitos e mais direitos dos trabalhadores, avançar com as privatizações e a submissão do Brasil aos países imperialistas. Não podemos aceitar que sejam os trabalhadores e a juventude que paguem pela crise dos capitalistas.

 
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