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EDUCAÇÃO
Professora da UFABC proíbe aluna de assistir aula com seu filho
Redação ABC
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Na última terça-feira (08/10), durante aula de base Epistemológica da ciência moderna, a universitária Nathália Gastaldi, 26 anos, mãe e trabalhadora, foi proibida de permanecer em sala pois encontrava-se com seu filho, ela declarou que muitas vezes não tem com quem deixar o filho, o que a joga na condição de ter que levar a criança junto a ela na sala de aula.

Segundo os integrantes do grupo de Nathália, um dia após o ocorrido, receberam e-mail da professora informando que a mesma não estaria mais autorizada a participar das atividades relacionadas ao seminário (Seminário sobre Copérnico).

A aluna do curso de Bacharelado em Ciências Humanas (BCH) expressa o quanto ficou constrangida ao ser proibida de assistir aula por estar com seu filho, Abel de 4 anos. Pois logo no início da aula a professora indagou acerca do menino, iniciando um questionário sobre a presença dele e consequentemente grande constrangimento.

Esse caso não é novidade na vida da aluna que no ano passado teve que trancar o curso por pelo menos três quadrimestres para que conseguisse conciliar sua rotina de trabalhar, estudar e cuidar do filho, uma jornada tripla de trabalho. Nathália expressa tamanha decepção frente a postura da professora, tendo em vista que, em momento algum a própria entrou em contato com ela.

Nathália ingressou na universidade em 2007, onde foi aprovada em primeiro lugar no curso de humanidades da Universidade Federal do ABC, como cotista, por ser aluna da rede pública, pelo SISU (Sistema de Seleção Unificada) em 2019 sente na pele o corte de ser trabalhadora, estudante e mãe em uma sociedade contaminada pelas pressões pequenas burguesas impostas pelo capitalismo.

Jenifer Tristán, militante da juventude Faísca- Anticapitalista e Revolucionária declarou ao Esquerda Diário que: “A luta dessa mãe é uma luta nossa, muito importante todo mundo apoiar essa batalha que levanta agora o coletivo de mães e país da universidade, muitas mães deixam de estudar e até mesmo trabalhar para poder cuidar dos seus filhos, a realidade da Nathália infelizmente é a realidade de milhares de mães trabalhadoras em todo país, creche por exemplo é um direito elementar básico, o estado, as universidades e locais de trabalho deveriam garantir creche para que as mães e pais possam estudar e acompanhar o desenvolvimento de seus filhos de perto, certamente essa professora não tem sensibilidade nenhuma para entender que a situação dela é de uma aluna extremante dedicada tentando superar as adversidades que nos colocam para fora da universidade!”

Em solidariedade à mãe frente a exclusão da aluna na disciplina da Graduação, o Coletivo de Mães e Pais – formado por estudantes, docentes e membros de 15 entidades, junto a outros coletivos que atuam na universidade, além do próprio Diretório Central dos Estudantes (DCE) – emitiram nota via redes sociais sobre o ocorrido e organizam ato de repúdio, na próxima quinta-feira (17), a partir das 14h na Sala dos Conselhos, no campus Santo André, durante a reunião da comissão de graduação. Tendo como reivindicação a cobrança da universidade sobre a necessidade imediata de providencia para colhimentos das mães da comunidade acadêmica.

 
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