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EQUADOR
Equador: PT também apoiou Lenín Moreno que hoje entrega o país ao FMI
Redação

Em 2017 quando Lenin Moreno, candidato apoiado por Rafael Correa, ganhou as eleições o PT foi uma das forças políticas latino-americanas que o saudou efusivamente.

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Foto: MSN

Em 2017 quando Lenin Moreno, candidato apoiado por Rafael Correa, ganhou as eleições o PT foi uma das forças políticas latino-americanas que o saudou efusivamente. Em nota publicada na ocasião, o PT afirmava que: “o Partido dos Trabalhadores saúda a vitória do companheiro Lenin Moreno, do Movimento Aliança PAIS, no segundo turno das eleições presidenciais no Equador, realizado este domingo, 2 de abril. O povo equatoriano deixou claro seu apoio à Revolução Cidadã e quer a continuação do processo de transformação social, econômica, política e cultural implantada desde o início do governo do Presidente Rafael Correa, em janeiro de 2007. A vitória de Moreno foi também a reprovação do ideário neoliberal e antipopular defendido pelo candidato oposicionista. Repudiamos sua tentativa de deslegitimar o processo eleitoral ao levantar a hipótese de fraude a partir do momento em que as pesquisas eleitorais indicaram sua derrota”. Leia nota completa.

Como se vê Lenín Moreno não tinha nenhuma intenção de “reprovar o ideário neoliberal e antipopular”, como foi ele mesmo o grande protagonista de um acordo com o FMI profundamente neoliberal, que aprofunda a miséria dos trabalhadores e do povo, motivo da grande revolta social que hoje toma as ruas do Equador. E isso não é um giro inesperado, como pode defender o PT hoje. É a face que em momentos de crise assumem os projetos levados adiante pelos governos pós-neoliberais, tal como já advertíamos a partir do La Izquierda Diario na época. Moreno assume o governo transformando o diálogo com a direita e os capitalistas em aprofundamento das medidas de ajuste que o próprio Correa já havia iniciado entre os anos de 2015 e 2016. Em nenhum momento se colocou na perspectiva de ir além de mínimas medidas de concessão em momentos de crescimento econômico, que agora são arrancadas violentamente através da repressão de Moreno.

Trata-se da consequência de uma “Revolução Cidadã” que não estava embasada em qualquer perspectiva disruptiva de classe em relação ao imperialismo e aos capitalistas locais, não tendo na prática nada de revolucionária. Desde a campanha de Moreno seu vice já afirmava que buscaria construir diálogo e consenso, inclusive com a direita representada pelo banqueiro Guillermo Lasso, então candidato opositor. Da mesma forma que o PT durante o golpe de 2016, que por conta de sua estratégia eleitoral seguiu o diálogo com a direita em detrimento da mobilização independente dos trabalhadores para barrar o golpe que abriu caminho para a eleição de Bolsonaro no Brasil. Ao contrário dessa perspectiva a situação equatoriana hoje demonstra uma vez mais a necessidade de uma política independente dos trabalhadores e do povo, que conquiste na luta de classes a derrota da direita, o fim dos pactos com os organismos internacionais do imperialismo, como o FMI, e a imposição de uma saída independente para a crise capitalista.

 
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