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Eduardo Molina, incansável lutador pela revolução socialista internacional
Juan Chingo
Paris | @JuanChingoFT

Esta quarta-feira faleceu Eduardo Molina, militante de enorme trajetória nas fileras da Fração Trotskista e do PTS. Aqui as palavras de Juan Chingo, um de seus camaradas.

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Com enorme tristeza tomo conhecimento da morte de Eduardo Molina. À distância, como dizia a Claudia Cinatti que estava me informando de sua terrível situação, me senti impotente e desolado, porque não era possível fazer nada daqui, mesmo que fosse para apoiar Aida, sua companheira a quem tive o prazer de conhecer.

A notícia de sua morte, quando ele ainda podia dar tanto intelectualmente e à revolução, me deixa muito triste, uma questão que é agravada por não estar neste momento triste com vocês, seus camaradas, meus camaradas de militância.

Com Eduardo, compartilhei muitos anos de militância, porque o conheci enquanto ele ainda estava no MAS, dando uma forte batalha política no início dos anos 90 e, a partir dessa experiência, ele se aproximou do PTS.

Eduardo era um cara que sabia tudo e com quem você podia trocar e compartilhar coisas sem parar, desde ideias políticas a coisas mundanas, na companhia de um mate ou em um jantar.

Como não lembrar dos difíceis fechamentos da Estratégia Internacional em que Eduardo, que além de escrever sabia diagramar, era um dos “loucos” que ficava em nossa época, ainda pouco profissional, acordado por 48 horas ou mais fechando nossa amada primeira publicação internacional.

Como não lembrar a antiga e primeira Comissão Internacional do PTS, da qual Eduardo foi um importante animador. Ou as intermináveis discussões sobre a América Latina, que ele conhecia e conhecia bastante. Ou os artigos que escrevemos em comum, por exemplo, sobre as consequências da Guerra do Kosovo. Ou seu conhecimento da realidade política e social da Bolívia. Ou de sua capacidade de transmitir a história das revoluções, de nosso movimento ou da realidade internacional às novas gerações. Incansável!

Durante a última conferência da Fração Trotskista, pude visitá-lo em sua casa, após a primeira série de operações que ele tivera. Ele estava mais magro, mas com grandes projetos pela frente. Discutimos enormemente sobre a Guerra do Chaco, possíveis paralelos com a situação hoje no sudeste da Ásia e as enormes vicissitudes desse enorme conflito pouco conhecido e das quais Eduardo tirou seus escritos e sua bibliografia de grande interesse, e fico feliz em saber que é possível que este trabalho seja finalizado.

Penso que é assim, continuando a luta pela revolução socialista internacional, que prestaremos a melhor homenagem a Eduardo. Querido Eduardo Molina, até o socialismo sempre!

 
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