Nessa sexta-feira, 27, ocorreu uma plenária que reuniu setores das três categorias da UFRN, chamada para cobrar um posicionamento da reitoria da universidade acerca do projeto Future-se.
|
A plenária, convocada pelo DCE, a ADURN e o Sintern, reuniu cerca de 300 pessoas, em sua maioria estudantes e professores da universidade, e teve início com exposições da direção dessas entidades acerca do projeto Future-se, além do deputado Sandro Pimentel e outras figuras.
Durante as falas do plenário, o vice-reitor foi convocado para expor o posicionamento da reitoria. Frente à angústia expressa nas falas de diversas pessoas frente a dúvida de por quanto tempo teremos uma universidade pública, a fala do vice-reitor não poderia ser mais lamentável.
Não só expressou a ausência de um posicionamento da reitoria, como sinalizou que esta estaria disposta a aceitar a proposta, na medida em que fosse apresentada uma versão definitiva ou “reformada” deste ataque, aceitando a falácia de Weintraub de que o projeto poderia dar maior “autonomia” para a universidade.
A plenária encaminhou a necessidade de um CONSUNI extraordinário e aberto para que a universidade se posicione quanto ao Future-se. Além disso, o DCE se comprometeu a convocar uma assembleia geral dos estudantes para o começo da próxima semana, que possa preparar a mobilização estudantil na universidade rumo à mobilização do dia 2 e 3 de outubro, quando está convocado dias de greves nacionais em defesa da educação e contra o Future-se pela UNE. Algo que, no entanto, ainda não ocorreu.
No entanto, a plenária infelizmente ficou aquém de encaminhar um plano de lutas concreto que fortalecesse a auto-organização dentro da universidade, aliando estudantes, funcionários e professores, para que a UFRN não só se posicionasse contra o Future-se, mas pudesse organizar uma grande força unificada, capaz de se enfrentar radicalmente contra os ataques da extrema-direita.
Os estudantes da chapa “Para poder contra-atacar", que está participando das eleições de delegados rumo ao IV Congresso de Estudantes da UFRN (CONEUF), interviram no espaço no sentido da necessidade de unificar o máximo de forças dentro e fora da universidade entre estudantes e trabalhadores, através de um plano de lutas que partisse de recuperar a força das suas assembleias e espaços de decisão sobre os rumos do movimento.
Batalharam para que dalí se encaminhasse uma exigência à que a reitoria liberasse as aulas, as atividades avaliativas e o experiente dos funcionários efetivos e terceirizados da universidade para a realização de uma nova plenária das 3 categorias que pudesse massificar a luta e debater o chamado das UFSC a uma greve nacional das universidades até barrar o Future-se e os cortes.
|