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DECLARAÇÃO DA JUVENTUDE FAÍSCA
Dias 02 e 03 – Que a juventude tome as ruas novamente por educação e por todas as Ágathas
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria

Dias 02 e 03 está sendo convocada uma paralisação nacional de 48h na Educação, contra os cortes e o Future-se – É imprescindível que a juventude volte para as ruas para dar uma resposta à extrema-direita que quer acabar com nosso futuro.

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Bolsonaro, seguido por todo seu clã da extrema-direita, segue cumprindo o que demonstra desde sua campanha: Governa para os grandes capitalistas e imperialistas enquanto tenta descarregar a crise deles sob os ombros da classe trabalhadora e da juventude mais precarizada, como vimos em seu reacionário discurso na Assembleia Geral da ONU e como está muito bem exemplificado na Reforma da Previdência que, maquiada como fim dos privilégios, tem na sua essência querer nos fazer trabalhar muito mais (se não morrer) antes de nos aposentarmos. E faz isso enquanto, no seu discurso muito bem pensado, tenta deslegitimar os espaços acadêmicos e o pensamento crítico para que seus ataques à ciência e a educação passem tranquilamente, como foi com os cortes nas federais, nas bolsas de pesquisa, o novo programa do FUTURE-SE, buscando acabar com a produção científica nacional, como parte de um projeto de país a serviço do imperialismo. Seus constantes ataques aos negros, às mulheres, LGBT+s, além da fascinação religiosa combinada com um fetichismo à violência também são sentidos na pele. Seu combate ao socialismo é em base a mentiras e falsificações para justificar sua violenta ideologia reacionária e taxar tudo o que não for política da extrema direita e neoliberal como esquerda. Setores aliados perpetuam essas ideias por todos os estados. Um exemplo claro e talvez um dos mais cruéis é o de Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, aliado de Bolsonaro pelo PSL que, ao lado de deputados do mesmo partido, quebrou a placa de Marielle Franco durante sua campanha numa mensagem clara da sua política. Hoje, eleito, Witzel diz que a polícia vai “mirar na cabecinha” mesmo e impulsiona um verdadeiro genocídio diariamente nas favelas cariocas que mata dezenas de jovens negros diariamente, como aconteceu recentemente com Ágatha Félix, uma menina de 8 anos que teve seu futuro ceifado ao ser morta por um tiro de fuzil nas costas durante uma operação do Complexo do Alemão. Enquanto o autoritarismo judiciário e a Lava Jato seguem mantendo Lula preso arbitrariamente, mesmo sem dar nenhum apoio político ao PT sabemos da importância de defender a liberdade de Lula contra os avanços autoritários do regime.

E é por todas as Ágathas que é necessário reagir.

É necessário a juventude se levante novamente como fez nos dias de luta pela educação dos dias 15 e 30 de maio e na greve geral do dia 14 de junho, quando se ergueu em vários cantos do país e foi linha de frente, expressando um pouco do potencial que tem a juventude para dar uma resposta ao que essa extrema-direita nos impõe. E a juventude tem sim disposição para isso, tem o potencial para barrar os mais duros ataques, como fez tantas vezes ao decorrer da nossa história, e poderia ter dado uma resposta ainda maior se não fosse pelo desserviço da UNE (União Nacional dos Estudantes) do PT e PCdoB e das Centrais Sindicais que tentaram por tudo separar as lutas e enfraquecer essa força, preferindo se conciliar com a direita, como Rodrigo Maia, e negociar nosso futuro, ao invés de convocar milhares de assembleias por todas as universidades e institutos federais do país, permitindo que os estudantes pudessem se coordenar e massificar essa mobilização com um comando nacional de delegados eleitos pela base.

Para os dias 02 e 03, quando está sendo convocada uma paralisação nacional da Educação, contra os cortes e o Future-se, é preciso que a juventude retome esse espírito e se articule nacionalmente pra coordenar as nossas batalhas para que esses sejam grandes dias de luta. Mas, para isso, é necessário que as entidades, a ANPG (Associação Nacional de Pós-graduandos) e a UNE cumpram o papel que lhes compete e larguem sua política de desarmar os estudantes, não coordenando e não unificando as lutas para desperdiçar a disposição da juventude como fez com o fenômeno do último semestre, mas concretamente organizem os estudantes, colocando todo seu peso e as centenas de entidades que dirigem a serviço de construir essa mobilização, com uma coordenação nacional e assembleias de base, com uma mobilização forte e unificada entre os estudantes, funcionários e professores, como seguimos batalhando para fazer nos lugares onde estamos enquanto Faísca, como fizemos na Unicamp com uma grande assembleia que contou com centenas contra Bolsonaro, seus cortes de bolsas de pesquisa e seus ataques que ferem a autonomia universitária, na UERJ onde estamos chamando uma plenária de oposição ao DCE da UERJ (Dirigido pela mesma majoritária da UNE) para organizar as lutas e também pelo Centro Acadêmico de Serviço Social, impulsionado pela Faísca e independentes, onde desde a gestão passada, damos esses exemplos, tendo, a partir de assembleias, votações e construções pela base, paralisado e composto os atos nos principais dias de luta do último semestre, sendo ainda o único curso do país que, junto da geografia, paralisou no um ano da morte de Marielle, além do grande exemplo da UFSC que por meio de uma assembleia com mais de 2mil estudantes definiu uma grebe geral estudantil. Dessa forma, é fundamental que também os setores que hoje se colocam como oposição à direção majoritária a UNE, como o PSOL, UP, PCB, que dirigem importantes DCEs e entidades nas principais universidades federais do país, além das reitorias e burocracias acadêmicas que se posicionaram contrárias ao Future-se, se coloquem nessa perspectiva de construção e exigência, convocando assembleias universitárias, liberando estudantes, trabalhadores (efetivos e terceirizados) e professores para assembleias, sem punição ou corte de ponto, sendo essa a real única forma de realmente defender a universidade pública.

Saímos às ruas contra Bolsonaro no #EleNão, pela Amazônia, pela educação e agora sairemos novamente, em defesa da educação e contra cada ataque da direita que quer, de tantas formas, acabar com nosso futuro, quando não acaba com nossas vidas.

 
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