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AMAZÔNIA
Além de Bolsonaro, milícias e crime organizado também estão por trás do desmatamento na Amazônia
Redação

Segundo relatório da Human Rights Watch a “Máfia dos Ipês” está por trás da maior parte do desmatamento realizado na floresta amazônica e conta com uma estrutura de ponta para praticar esse crime: caminhões, motosserras, tratores, correntes, etc. Tudo isso com a conivência do Governo Federal.

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O relatório aponta que as queimadas são realizadas afim de que seja praticada a grilagem, onde um grupo de pessoas contratadas por um grande fazendeiro invadem terras de preservação, demarcação indígena entre outras várias. Eles desmatam, queimam, fazem pasto para gado e depois revendem com documentos falsos legalizando a área.

Uma marca registrada é a ameaça a indígenas, moradores locais e até mesmo servidores públicos que queiram denunciar os crimes cometidos pelas milícias que contam com o apoio de parte do aparato público e até mesmo da estrutura da Polícia Militar com carros, uniformes e armas para aterrorizar a população e garantir os lucros fruto da destruição ambiental.

A polícia alega dificuldade para apurar os crimes devido a falta de estrutura, mas existem vários registros de crimes cometidos em cidades onde haviam delegacias e um absurdo caso onde a delegacia ficava a menos de 1km do local de um assassinato e a polícia levou mais de 30 horas para chegar ao local do crime que não foi isolado.

Isso pois se trata de um projeto muito bem articulado e que conta com o apoio direto do governo Bolsonaro que opera um verdadeiro desmonte da fiscalização ambiental junto ao seu Ministro Ricardo Salles, com cortes milionários no Ibama e no ICMBio reduzindo o número de inspetores e de operações de desmantelamento das redes de extração ilegal de madeira, mineração e grilagem.

Tudo isso para favorecer os grandes latifundiários, principalmente da soja, que buscam agora expandir cada vez mais a fronteira agrícola rumo a Amazônia. Os governos do PT também são responsáveis e tiveram uma política de fortalecimento desse setor reacionário dos latifundiários, desde 2012 observamos um aumento crescente do desmatamento na região, contudo em 2019 tivemos um aumento drástico nos índices e isso se liga com o discurso de Bolsonaro que fortalece a impunidade.

Somente um programa anticapitalista encabeçado pela classe trabalhadora em aliança com a juventude que protagonizará agora internacionalmente a greve pelo clima dos dias 20 a 27 é capaz de responder profundamente a crise ecológica provocada pela sede de lucro dos capitalistas. Defender a estatização sem indenização das grandes empresas agrícolas, uma reforma agrária radical e a reversão dos financiamentos milionários para o agronegócio para planos de reflorestamento e proteção ambiental são as demandas para se combater com os interesses da extrema direita, do imperialismo e que custam cada vez mais nossas vidas e nosso planeta.

Veja Também: O capitalismo destrói o planeta, destruamos o capitalismo
Declaração da Fração Trotskista - Quarta Internacional (FT-QI)

 
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