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NATAL
Álvaro Dias quer "embelezar a orla" de Natal com hotéis de luxo esmagando comunidades
Redação Esquerda Diário Nordeste

A prefeitura de Álvaro Dias (MDB), em Natal – RN, deu início às discussões sobre a revisão do Plano Diretor de Natal através do projeto Concidade. O prefeito declarou que as discussões desse novo plano diretor buscam verticalizar a orla para “embelezar as praias”.

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Com apoio de empresários de redes de hotel, da construção civil e do mercado imobiliário, o prefeito associa a ideia de verticalização a uma “modernização” da orla, segundo ele necessária para “acabar com o tráfico de drogas e a prostituição”.

Nesta revisão está colocada a possibilidade de remembrar a orla e promover seu adensamento vertical, ameaçando a permanência das comunidades tradicionais e da própria biodiversidade. Hoje existe uma altura máxima prevista para construções, de 7,5 metros que deixaria de existir, assim impedindo a vista da orla e alterando a própria relação com as chuvas.

A orla de Natal convive com a presença de gabirus, mal saneamento e a completa ausência de banheiros públicos, que revela o completo descaso por parte da prefeitura, que agora, demagogicamente defende que novos prédios, a privatização da paisagem desses lugares, seria a solução mágica tão esperada.

Os impactos sociais que essa ideia traria são latentes. São mais de 100 mil habitantes da região praieira de Natal que sentiriam os impactos dessas mudanças. Uma clara política higienista, de gentrificação e privatização da orla urbana que busca expulsar essas comunidades, trazendo impactos ainda mais sérios às famílias que vivem da pesca há gerações. As Áreas Especiais de Interesse Social estão ameaçadas, em especial nas Rocas, Mãe Luiza, Jacó, Brasília Teimosa e Rua do Motor.

Não é possível calcular o impacto ambiental e climático dessa proposta. Em cidades onde a orla já é verticalizada, como o Rio de Janeiro e outras capitais litorâneas do Nordeste, esse tipo de mudança tem gerado impactos climáticos na ventilação da cidade, tornando-as ainda mais quentes e abafadas.

 
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