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Cidades tem atos contra cortes na educação; população não atende chamado de Bolsonaro de ir às ruas de verde e amarelo
Redação

Mesmo com chamado de Bolsonaro para que a população saísse às ruas de verde e amarelo neste 7 de setembro, população não atende ao pedido. Comparecimento aos desfiles militares parece ter sido do mesmo tamanho do que em todos os últimos anos, e como as pesquisas mostram há queda na popularidade de Bolsonaro, reflexo de vários fatores mas seguramente inseperável da sua agenda de ataques. O que se vê, por outro lado, são algumas mobilizações acontecendo em diferentes regiões do país contra seus cortes na educação e pesquisa.

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Bolsonaro diz neste vídeo de convocação a manifestações “patrióticas” que seu governo promove liberdade. Deve se referir a liberdade para queimar florestas, liberdade para policiais matarem impunemente como consta na lei “anti-crime” de seu ministro Sérgio Moro.

Bolsonaro aproveitou o dia para tentar consolidar sua aliança com o reacionarismo do SBT e da Record e da Igreja Universal. Trata-se de como ganhar força um projeto para com seu discurso homofobico, patriarcal, promover ataques aos direitos dos trabalhadores como a Reforma da Previdência, nova reforma trabalhista sob mascara de “liberdade econômica” e histórica entrega de recursos naturais do país, com a marcação da data do leilão da maior reserva de petróleo do Brasil.

O 7 de Setembro também é marcado por manifestação contra o racismo, com o repúdio ao jovem negro chicoteado em supermercado em São Paulo. Uma mostra de um país independente construído sob a mancha de sangue negro e indígena, e que se atualiza sob um governo de extrema direita que promove um choque à direita nas relações raciais, como argumenta o Quilombo Vermelho em sua declaração perante essa data.

Ao mesmo tempo que ocorriam os desfiles militares aconteciam mobilizações contrárias aos cortes na educação e pesquisa começaram por volta das 9 da manhã deste sábado 7/09, horário e dia marcados pela direção da União Nacional dos Estudantes - UNE.

Fotos de São Paulo e Campinas agora pela manhã

Na última semana chamou atenção e gerou indignação a nova medida do Ministério da Educação (MEC), que prevê para 2020 um corte de praticamente metade da verba para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (Capes) em relação a 2019. Já neste ano, o corte de bolsas da Capes já atingiu mais de 11 mil pessoas e esse número deve aumentar até o fim do ano.

Além disso, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), cancelou concessão de novas bolsas e já declarou não ter orçamento o suficiente para pagar as bolsas a partir de setembro. Juntos, os dois órgãos representam a grande parte da pesquisa científica no Brasil.

Frente aos novos ataques, foi chamado pela UNE esse novo dia de mobilizações em defesa da educação, contudo se mostra muito aquém do necessário para barrar os cortes. A UNE não organizou esse dia a partir de mobilizar nos locais de estudo, convocando assembleias estudantis e organizando uma coordenação das universidades já em luta, como a UFSC e a UFC, que estão greve marcada ou com suas reitorias ocupadas contra os cortes. Somente se apoiando nesses focos de resistência e organizando uma coordenação entre eles é possível massificar e nacionalizar a luta contra os ataques de Bolsonaro.

 
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