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UFRJ
Absurdo: Polícia dentro da UFRJ impede manifestação contra corte de bolsas
Redação

No dia 30 de agosto policiais militares, armados com fuzis, frente ao prédio da faculdade reprimiram uma manifestação de estudantes de pós-graduação e graduação dentro do campus do Fundão da UFRJ. A presença da PM, além de completamente ilegal, foi uma clara demonstração de força com intuito de intimidar os estudantes que se manifestavam contra o fim de suas bolsas e a precarização da Universidade.

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No dia 30 de agosto aconteceu no vão central do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, uma assembleia de todos os estudantes, convocada pela Associação de Pós-Graduandos (APG-UFRJ) contra o corte de bolsas, anunciado antes na mesma semana, como continuação do sucateamento do CNPQ e contra o programa Future-se por meio do qual o governo federal pretende entregar a universidade a iniciativa privada e tolher o livro pensamento, subordinando o orçamento da Universidade aos lucros capitalistas.

Ao fim da assembleia os estudantes saíram em ato para realizar uma manifestação em frente ao prédio da faculdade de Letras. Chegando lá, foram surpreendidos com a presença de dois carros da polícia militar, de onde saíram policiais armados com fuzis em uma atitude ameaçadora para coibir o direito dos estudantes de se manifestarem.Os policiais - cuja presença dentro da Universidade Federal é completamente ilegal - receberam apoio do "Fundão Presente". Um programa absurdo no qual, à semelhança do Centro Presente, oficiais de polícia, bombeiros são contratados pela prefeitura da universidade para prestar serviço de segurança.

É completamente inaceitável que a polícia militar receba carta branca para circular no interior de uma universidade. Trata-se uma vez mais golpe de força do governo Witzel, aliado ao governo Bolsonaro contra os jovens trabalhadores e o povo pobre. A polícia que foi responsável pela maior número de mortes pela polícia dos últimos 20 anos no Rio de Janeiro e que tem manchado as ruas das comunidades com sangue negro e pobre, enquanto Witzel comemora a repressão brutal aos trabalhadores, agora se volta também contra o movimento estudantil, que luta contra os ataques de Bolsonaro.

Simone Ishibashi, militante do MRT e membro da gestão da APG-UFRJ declarou: “Estamos enfrentando um ataque por via do Future-se, que nada mais é que um velho projeto de entregar a universidade pública aos interesses privados de empresas. É um ataque à Ciência, que fere ainda mais a Educação o que deveria ser um direito de todos, garantido aos trabalhadores e seus filhos. O governo de Bolsonaro mantém os cortes às universidades públicas, ameaçando o seu funcionamento, enquanto dá de presente 4,3 bilhões de reais em emendas parlamentares para votar a reforma da previdência. As bolsas do CNPQ e da CAPES estão sendo cortadas e contingenciadas. Por isso os estudantes da pós-graduação da UFRJ se mobilizaram, por uma causa absolutamente justa. Mas agora a polícia sente-se no direito de invadir a universidade de fuzil na mão contra os estudantes. Isso é um reflexo do governo de Bolsonaro, que massacra a população trabalhadora, negra e pobre das comunidades. Que agora quer dar indulto aos policiais que mataram os lutadores de Eldorado dos Carajás e foram responsáveis pelo massacre do Carandiru. Nós estamos mobilizados não apenas em defesa da universidade pública, mas contra essa política ultra neoliberal e assassina. A reitora da UFRJ, Denise Carvalho em nota afirmou que não autoriza essa abordagem da polícia. Mas é preciso ir além e impedir que a polícia entre na universidade, pois isso ataca o coração dessa instituição, que deve ser um local de amplo debate e liberdade de manifestação.”

Acontecimentos como esses não podem passar impunes! Repudiamos totalmente a presença da polícia dentro da Universidade - inclusive pelo programa Fundão Presente - e chamamos a todos os estudantes a comporem a luta contra a destruição da universidade e contra os avanços autoritários de Witzel e Bolsonaro que defendem o lucro dos capitalistas acima dos direitos e da vida dos trabalhadores dos jovens especialmente os negros!

 
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