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PERSEGUIÇÃO IDEOLÓGICA
Ofensiva autoritária: deputado do PSL questiona reitor da USP sobre "eventos ideológicos"
Redação

Com perseguição ideológica, o deputado do PSL Douglas Garcia solicitou ao reitor da Universidade de São Paulo explicações sobre os "vários eventos de diversas vertentes ideológicas, políticas e filosóficas". Segundo ele, a USP vem destinando "espaço e despesas para fins questionáveis".

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O deputado Douglas Garcia do PSL, partido do Bolsonaro, conhecido pelos seus posicionamentos conservadores e contra os trabalhadores, já protagonizou cenas absurdas quando fez ataques transfóbicos à deputada Érica Malunguinho do Psol, dizendo que agrediria uma mulher trans se entrasse no banheiro feminino e quando criou o bloco de carnaval “porão do DOPS” numa exaltação aos torturadores da ditadura militar brasileira.

Douglas Garcia, também ex-liderança do movimento conservador Direita São Paulo, representa a podridão da política brasileira, idólatra dos torturadores da ditadura assim como o presidente, ele se apresenta como defensor dos valores da “família tradicional” e contra a “ideologia de gênero”. Dessa vez o deputado do PSL não atacou somente os setores mais oprimidos das sociedades, mas também toda a esquerda e o movimento estudantil da USP.

O deputado pediu explicações ao reitor da universidade acerca de eventos de “diversas vertentes ideológicas, políticas e filosóficas” que ocorreram nos campi da mesma. Entre as questões levantas por ele, Douglas queria saber quantos eventos foram feitos no campus da USP, se foram realizados através dos “movimentos estudantis” e se há eventos a serem realizados, “se sim, quais e organizados por quem?”. Segundo ele “é um absurdo a utilização do campus para fazer palestra de partido político como PT, Psol e PCdoB”.

O deputado reacionário Douglas Garcia que se elegeu na onda bolsonarista tenta atacar a esquerda e o movimento estudantil universitário, pólo de choque e enfrentamento com o Governo Bolsonaro que mostrou sua força colocando milhões de jovens e trabalhadores no 15M e 30M. Absurdo é sua postura em querer intimidar e afrontar os estudantes da USP que desejam aprender com o marxismo ou se organizar no movimento estudantil.

Douglas se junta às alas mais reacionárias do regime que não só combatem as idéias de esquerda, mas que também atacam as universidades com os cortes de verba e o projeto Future-se do ministro da Educação Wintraub. Essa ofensiva está diretamente ligada com todos os absurdos que ocorreram no último mês após a aprovação da reforma da previdência na câmara, que deixou o governo fortalecido para avançar com uma série de ataques. Exemplos disso são o portal 666 de Moro, as declarações de Bolsonaro chamando novamente o torturador Ustra de “herói”, o avanço para legalizar o garimpo, além do absurdo projeto Future-se que abre espaço para a privatização do ensino público superior e a MP da "liberdade econômica" que permite trabalho até nos fins de semana.

Contra intimidações como essa do deputado do PSL, Douglas Garcia, e todo o projeto de miséria e censura da extrema direita, é necessário um plano de lutas que unifique a luta contra os ataques à educação e a favor dos direitos trabalhistas e à aposentadoria.

 
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