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ELEIÇÕES ARGENTINAS 2019
Guedes se soma a Bolsonaro na ameaça a Argentina: quer submissão ainda maior ao imperialismo
Redação

O presidente Jair Bolsonaro referendou a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o Brasil pode deixar o Mercosul caso o candidato Alberto Fernández, que tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner na chapa, vença as eleições na Argentina e queira fechar o bloco, sem levar em frente o absurdo acordo da União Europeia com o Mercosul que vem para subordinar ainda mais os países da América do Sul ao capital estrangeiro.

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"O atual candidato que está na frente na Argentina, que tem vice a Cristina Kirchner, ele já esteve visitando o Lula, já falou que é uma injustiça o Lula estar preso, já falou que quer rever o Mercosul. Então o Paulo Guedes, perfeitamente afinado comigo, por telepatia, já falou: se criar problema, o Brasil sai do Mercosul. E está avalizado, não tem problema nenhum", declarou o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada nesta sexta-feira, 16, para agendas no Planalto.

Na quinta-feira, 16, o ministro Paulo Guedes citou a possibilidade de o País deixar o Mercosul para não atrapalhar o acordo com a União Europeia. Bolsonaro disse estar disposto a conversar com Fernández, caso a chapa de Kirchner vença o pleito no país vizinho, mas destacou que o gesto precisará partir do argentino. Fernández já declarou que "não tem problema em ter problemas" com o presidente brasileiro.

Assim, os ultra neoliberais Bolsonaro e Paulo Guedes deixam explícito que a prioridade do governo é submeter os países da América do Sul ainda mais aos interesses imperialistas, fazendo uma chantagem com a chapa de Cristina Kirchner para que não retrocedam com o absurdo acordo do Mercosul com a União Europeia, o qual ainda precisa ser efetivado mas que tem como objetivo transformar essa região na grande "fazenda do mundo".

"Estamos dispostos, ele que vai ter que dar o sinal", declarou Bolsonaro. "Estou pronto para conversar. eu não acredito que ele queira seguir nessa linha de liberdade e democracia. Esse pessoal quando se apodera do poder não quer sair mais. eles sempre viveram às custas da coisa pública."

Para o presidente, o mercado, em um ambiente de intensa volatilidade com o cenário econômico e político na Argentina, já deu sinais de que "não vai perdoar a esquerda" naquele país. Ao mesmo tempo que mostra seu descontentamento com a derrota de Macri, que é o agente direto do capital financeiro internacional, que teve anos de um governo de ataques e entrega, Bolsonaro entende que com outra cara o kirchnerismo também pactou com o FMI e estará disposto a continuar uma ofensiva para descarregar a crise nos trabalhadores e no povo pobre.

Com o apontamento das eleições primárias, que levou a uma derrota do macrismo que parece ser até irreversível nas urnas em outubro, expressando de forma distorcida o descontentamento popular com quatro anos de um governo de ataques e entrega, o governo Bolsonaro terá que decidir se seu projeto de submissão ao imperialismo norte-americano lançará mão de sua força de extrema direita para fazer um contraponto ao kircherismo desde o Brasil ou se deixará que Macri amargue sozinho essa derrota.

Veja mais: As eleições na Argentina são um duro revés para Bolsonaro

Com informações de Agência Estado.

 
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