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SAÚDE
Nos EUA, modelo para Bolsonaro, idosos se suicidam por não conseguirem pagar despesas médicas
Redação

Casal estadunidense suicidou por não conseguir pagar as contas médicas com os planos de saúde. O “país modelo” mostra que a miséria no capitalismo é infindável e com a crise se tornarão cada vez mais frequentes esses casos cruéis.

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Brian Jones, 77, e Patricia Whitney-Jones, 76, casal do Estado de Washington, nos EUA, suicidaram por não conseguirem arcar com as despesas de saúde, como aponta matéria do Washington Post. Foram encontradas na casa do casal inúmeras anotações que expressavam a preocupação por não conseguir pagar os tratamentos médicos para a grave doença de que sofria a esposa.

Pouco antes de cometer o suicídio, Brian ligou para a emergência e informou ao despachante que planejava se suicidar. O despachante do casal tentou mantê-los no telefone para que fosse possível o socorro chegar antes que se matassem, porém o homem apenas avisou o que faria e onde seriam encontrados: “Estaremos no quarto da frente”.

Brian atirou em sua esposa e depois em si mesmo três vezes seguidas.

Endividamento da população por contas médicas e acadêmicas cresce a cada dia mais

É importante destacar que nos Estados Unidos os serviços de saúde são inteiramente privados, e mesmo os materiais mais simples utilizados em procedimentos médicos, até mesmo ambulâncias, são cobrados pelos planos de saúde.

Com o avanço da crise capitalista, que avassala a vida de trabalhadores, da juventude e de toda população, educação e saúde se tornam setores ainda mais valiosos para a exploração capitalista.

Além dos caríssimos planos de saúde e das altíssimas contas médicas que devoram o orçamento dos estadunidenses por anos, as maiores indústrias farmacêuticas do mundo, como a Novartis e a Sanofi, aumentam extraordinariamente os preços de medicamentos, como vem ocorrendo com a insulina, o que tem feito com que os diabéticos passem a racionar o medicamento, levando a graves consequências e até mesmo a morte.

Não são poucos os casos de recusa de atendimento por parte de planos de saúde e hospitais, bem como mortes decorrentes disso. O país modelo mostra a falência da medicina e da saúde no capital, levando a casos lamentáveis como este e outros desta ordem.

Assim como o ex-ministro da saúde, Ricardo Barros, o atual ministro da Saúde, Mandetta, que inclusive foi parte da bancada dos planos de saúde no congresso, defende exaustivamente uma política de privatização do SUS, atacando cada mínimo direito básico de acesso a saúde ainda garantido no Brasil.

Nos Estados Unidos, os planos de saúde são mais caros para os idosos, uma vez que é justamente nessa faixa etária que aparecem os problemas mais complexos e, do ponto de vista dos capitalistas, lucrativos para a indústria farmacêutica e médica.

Veja também: Mandetta, ministro da Saúde do governo Bolsonaro, defende fim da gratuidade do SUS

Ricardo Barros, ex-ministro da saúde, já propunha aumentos escalonados nos planos de saúde de idosos no Brasil em 2017, bem como planos de saúde “populares”, se posicionando abertamente para que “tenha a melhor saúde quem puder pagar”.

No chile, onde educação e saúde também são privatizadas, a reforma da Previdência foi responsável por aumentar exponencialmente o suicídio entre idosos, que se veem sem os serviços básicos para sobreviverem, afogados em dívidas e com um salário de fome. De 2010 a 2015, 936 adultos maiores de 70 anos se mataram e com isso, o Chile passou a ser o país com maiores números de suicídios na América Latina.

A ideia pela qual Bolsonaro batalha, de que “se eu não uso, porque vou pagar?”, que se manifesta tanto para as universidades públicas, quanto para o SUS, importada diretamente da “terra da liberdade”, é responsável por situações tristes e revoltantes como esta. Com a reforma da Previdência e com a reforma trabalhista, aliado ao desmonte do SUS e da educação, é literal quando dizemos que pagaremos a crise com nossas vidas.

Com a política entreguista e privatista de Bolsonaro, que vem se mostrado fortemente na educação com o Future-se, o SUS também está na mira da extrema direita e de suas reformas. Um dos primeiros ataques de Bolsonaro foi ao programa Mais Médicos, colocando para fora do país centenas de médicos cubanos que prestavam atendimento a populações pobres do interior do país, e que, após este ataque, chegaram a enfrentar até mesmo postos de saúde sem nenhum profissional médico.

 
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