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DEMISSÕES FORD
Aceleração do fechamento da Ford em SBC antecipa 750 demissões para final de julho
Redação

Em fevereiro de 2019 a Ford havia anunciado o fechamento da planta em São Bernardo do Campo, que tinha como previsão o funcionamento da fábrica até novembro, mas o que se aponta é a antecipação do fechamento da unidade paulista, que tem 3 mil trabalhadores efetivos em diversos setores que perderão seus empregos antes do previsto. Essa antecipação prepara a demissão de cerca de 750 trabalhadores para ao fim de julho.

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O decorrer do fechamento já conta com quase mil demitidos, além de deixar milhares de famílias nas ruas e abrir caminho para a aplicação da reforma trabalhista. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a produção de caminhões no local segue em funcionamento até outubro.

A Ford declarou que a decisão de fechamento era “um importante marco no retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul”. Parte de um processo que já vem sendo feito pela montadora de sua saída do mercado de caminhões na América do Sul, deixando diversas famílias nas ruas para economizar em gastos por ano. O mesmo já aconteceu em Taubaté (SP), onde produzem motores e transmissões, a empresa abriu um pacote de demissão com meta de 160 desligamentos.

Após o anúncio do fechamento, a Caoa, importadora de veículos da Hyundai, confirmou interesse e conversas com a Ford para comprar a planta. Em entrevista ao Diário do Grande ABC, o Presidente do SMABC, Wagner Santana, o Wagnão, se mostrou muito preocupado com a possível compradora da planta e quais acordos fazer para a readmissão de funcionários. Todas as possibilidades significam precarização dos postos de trabalho e menores salários.

O sindicato senta em negociações com a patronal e com o governo e coloca nas mãos dessa negociação a vida de milhares de famílias, como demostraram ao mandar todos os trabalhadores para casa após o anuncio do fechamento da planta de SBC e seguem sem construiu um plano de luta para garantir os postos de trabalho, ignorando a taxa de desemprego que beira 14 milhões de pessoas e a implantação da reforma trabalhista que junto à aprovação em primeiro turno da reforma de previdência demostram que pretendem seguir com a precarização das condições de trabalho, sendo a juventude o setor mais afetado, se submetendo a trabalhos ultra precários, com jornadas exaustivas e morrendo trabalhando como o entregador da Rappi Thiago Dias, que sofreu de mal súbito e não teve apoio da empresa em seu socorro.

A aceleração do fechamento da Ford é mais um exemplo do destino que os capitalistas planejam para os trabalhadores, querem que paguemos com as nossas vidas suas crises para manterem seus padrões e privilégios, usam a reforma trabalhista e reforma da previdência para efetivar esse objetivo, fazer acordos e negociatas com os capitalistas que desejam nosso sangue não melhora nossas condições de vida e de trabalho. Os sindicatos precisam demostrar através de ações que realmente são contra a reforma, organizando assembleias em cada local de trabalho como parte de um plano de lutas para derrotar os ataques do governo Bolsonaro a classe trabalhadora. Só a organização dos trabalhadores junto com a juventude poderá dar uma resposta aos ataques dos capitalistas.

 
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