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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
"É uma vergonha que no dia da votação da reforma as centrais não tenham organizado nenhum ato", diz Marcello Pablito
Redação

Marcello Pablito, trabalhador do restaurante universitário da USP e diretor do SintUSP, fala sobre a atuação das centrais sindicais que pavimentou o caminho para a aprovação da reforma da previdência em primeiro turno na Câmara dos Deputados.

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Os poderes avançam para a aprovação da “mãe das reformas”. “Com Supremo, com tudo”, a reforma do acordão de Bolsonaro, Toffoli, Maia e Alcolumbre foi aprovada em 1º turno na Câmara dos Deputados ontem à noite, 11, sendo o primeiro passo para a implementação efetiva da reforma que vai impor que os trabalhadores, a juventude e a população pobre paguem por essa crise criada pelos próprios capitalistas.

Como apontamos no Esquerda Diário, os partidos de oposição ao governo se contentam com inofensivas ações parlamentares. Cada ação que adie a votação da reforma da previdência pode até fazer com que os trabalhadores ganhem um respiro para poder resistir e se defender, entretanto, o que fazem esses partidos com o tempo que se ganha com as obstruções? Não é exagero dizer que não fazem nada.

Leia também: Entre a estratégia da pressão e da obstrução do PT e PCdoB, avança a cruel reforma da previdência

Diante dessa ofensiva com essa reforma massacrante, Marcello Pablito, trabalhador da USP, declara que: “o PT enquanto o principal partido de “oposição” ao governo seguiu se apoiando em instituições como a Justiça, a mesma que autoritariamente orquestrou um golpe institucional e que segue deixando Lula arbitrariamente preso. O PT tem medo de perder o controle da situação, se utilizando assim das direções da CUT para deixar somente derrotas aos trabalhadores e à juventude. Essa união das centrais sindicais para lutar contra a Reforma da Previdência só serviu para comprovar o caráter traidor que essas direções possuem, não sendo somente o PT pela CUT, mas também o PCdoB com a CTB e a UNE.”

Ainda como apontamos no Esquerda Diário, as grandes centrais sindicais do país, que controlam as principais categorias e enorme número de trabalhadores, nunca quiseram lutar contra a Reforma da Previdência. Paulinho da Força (Força Sindical), em pleno ato do 1º de Maio, declarou que eles iriam lutar por uma reforma “desidratada”. Em 15 e 30 de maio, articularam de maneira ardilosa para separar a juventude, que foi às ruas contra os cortes da educação e também contra a Reforma da Previdência, dos trabalhadores e trabalhadoras. E agora não fazem nada diante desse avanço que está se dando na Câmara dos Deputados, não construindo nenhum plano de luta real e concreto, contra essa Reforma que quer acabar com o futuro da juventude e da população pobre.

Mesmo não construindo e traindo a própria paralisação nacional que chamaram, milhares de pessoas foram às ruas contra a Reforma. E agora, em pleno avanço da votação, é uma vergonha que no dia da votação da reforma as centrais não tenham organizado nenhum ato. CUT e CTB “lutaram” usando um site na internet com a promessa de que isso pressionaria os deputados a votarem contra a reforma, canalizaram o potencial das lutas nas ruas para as negociações com o Congresso, e ainda segue com a política de manter os trabalhadores e trabalhadoras sob rédeas curtas para impedir que um verdadeiro plano de lutas seja construído.

Marcello Pablito continua: “Os parlamentares do PT seguem a estratégia de “ganharem tempo”. Claro que qualquer atuação que impedisse a votação seria legítima, mas se torna sem saída quando não se constrói uma luta concreta tomada pela juventude e a classe trabalhadora, que seria a única união que poderia derrotar esses ataques e fazer com que os capitalistas que paguem pela sua crise.
Por isso que nós do Movimento Nossa Classe, Faísca, MRT e Esquerda Diário, viemos lutando nos locais de trabalho e estudo, denunciando a traição das centrais sindicais e batalhando para que as entidades estudantis e os sindicatos construíssem um plano real de luta, com a auto-organização da juventude e dos trabalhadores. Agora é muito importante tiramos as lições, debatendo sobre a atuação das centrais sindicais na direção dos sindicatos, porque a partir disso poderemos avançar em um plano de luta concreto que seja capaz de erguer uma luta para derrotarmos Bolsonaro e todo o projeto do golpe institucional e da Lava Jato, que trabalham e são subordinados ao imperialismo e o capital financeiro”.

 
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