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REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Reforma justa é Fake News! Deputados devem votar reforma da previdência esta semana
Redação

O texto da Reforma da Previdência foi aprovado nas comissões especiais da Câmara. Nesta semana o objetivo de Maia é conseguir votar e aprovar em primeiro turno a votação desse ataque brutal ao nosso futuro, ainda antes do recesso parlamentar.

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Imagem: Gilmar - cartunista

Diante da crise econômica, os capitalistas estão fazendo de tudo para continuar garantindo seus lucros às custas do ataque aos direitos dos trabalhadores. Na última semana, foi aprovado, na comissão especial da Câmara, o novo projeto da reforma da previdência, que aumenta o tempo de contribuição e o tempo mínimo para os trabalhadores se aposentarem, ao mesmo tempo que garante a manutenção da isenção de cerca de R$ 83 bi (nos próximos dez anos) em impostos para o agronegócio.

Ao que tudo indica, a proposta pode ser aprovada ainda essa semana na Câmara dos deputados. Um ataque frontal aos trabalhadores para nos fazer trabalhar até morrer, acabando com nossos futuros, enquanto garante os lucros dos capitalistas e o absurdo pagamento da Dívida Pública.

A nova previdência altera as regras de cálculo de quem chegar vivo aos 65 anos de idade se homem e 62 se mulher, fazendo com que alguém que se aposentaria com R$2100 passe a se aposentar com R$1500, quem se aposentava com R$1500 passe a se aposentar com R$1200, e assim vai. O objetivo é que nenhum trabalhador ganhe mais que um miserável salário mínimo. Além disso, para que qualquer pessoa possa receber sua aposentadoria com valor integral, terá de contribuir durante 40 anos, aumentando ainda mais o impacto na vida dos trabalhadores.

Algumas medidas da reforma ainda estão em discussão. Uma delas é a aposentadoria dos servidores públicos e municipais, que não entraram na proposta aprovada pela comissão especial. O objetivo é deixar o ônus da aprovação desse enorme ataque para os governadores e prefeitos, diminuindo o impacto na popularidade dos deputados. Os governadores do PT e PCdoB do Nordeste são parte dos políticos que não querem ficar manchados pela aprovação deste enorme ataque em seus próprios estados, tentando uma negociação para que os servidores públicos entrem na atual proposta de reforma e não sejam eles a sujar suas mãos aprovando a reforma em seus estados e cidades. Ao mesmo tempo que fazem isso, o PT e o PCdoB se pintam com um discurso vermelho nas centrais sindicais e estudantis que dirigem dizendo que são contrários e estão organizando a luta para barrar a reforma. Deste modo, fica clara a divisão de tarefas, pois não organizam de fato os trabalhadores para barrar este ataque nos sindicatos e ainda negociam nossos os direitos com os reacionários que querem acabar com a nossa aposentadoria. E neste meio tempo, as centrais tiveram uma “vitória” de seus interesses burocráticos fruto da sua negociação com Rodrigo Maia, trocando um direito por outros, que foi a queda da MP que acabava com o imposto sindical obrigatório.

Apesar dessa tentativa de negociação, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse em entrevista que os deputados da Câmara devem aprovar a proposta apresentada à comissão especial. Desesperado pela aprovação, Onyx afirmou que Bolsonaro determinou que os ministros que são deputados federais se licenciem dos cargos a partir desta terça-feira (9) para reforçar a votação na Câmara.

Bolsonaro, Guedes e os deputados dizem que essa reforma servirá para conter a crise e restabelecer a economia. Mas o que não bate nessa conta é que em nenhum momento é questionado os lucros dos grandes empresários. Os grandes latifundiários vão continuar tendo isenções de impostos, que exonera cerca de R$ 83 bi dos cofres públicos. O governo vai seguir pagando a criminosa dívida pública, que só o ano passado custou cerca de R$ 1 tri (o mesmo que a reforma da previdência garante economizar), e pagando cada vez mais.

Não podemos seguir pagando essa dívida ilegal, ilegítima e fraudulenta, que compromete quase metade do PIB brasileiro. Esse dinheiro, que ano após ano é saqueado dos cofres públicos para pagar banqueiros internacionais, como os dos grupos Goldman Sachs e Merryl Lynch, por exemplo, poderia ser usado para construir um plano de obras públicas de moradias populares, gerando empregos e dando passos para revolver o problema da falta de habitações no país. Por isso nós do Esquerda Diário dizemos: Reforma “justa” é fake News! Não ao Pagamento da Dívida Pública. Só com um programa que aponte neste sentido, e que questione profundamente os lucros dos capitalistas, podemos avançar para um rumo onde não sejamos nós que paguemos por essa crise, mas sim os próprios capitalistas que a criaram.

 
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