Um dos escolhidos de Bolsonaro na sua empreitada privatista, de entrega das estatais ao imperialismo, Roberto Castello Branco disse em palestra para empresários no Rio que não há justificativa para a Petrobras manter a posição de sócia-investidora no negócio, acenando ao mercado para conseguir a venda mesmo depois de certo desinteresse dos compradores. A sócia acionista, que detém outros 38,3%, Odebrecht, fracassou em tentar vender sua parte à uma multinacional do ramo em junho.
Responsável por um recente crime ambiental em Alagoas, onde a empresa explorava sal-gema de maneira inadequada, afetando a estrutura geológica de uma região e desestabilizando cavernas subterrâneas, o que causou desabamentos, afundamentos e rachaduras em alguns bairros de Maceió, a Braskem teve bloqueio de suas contas.
A privatização da Petrobras é mais um enorme ataque vindo governo Bolsonaro, que assim como com a reforma da previdência, pretende descarregar ainda mais a crise capitalista nas costas dos trabalhadores. Para combater a política bolsonarista, que pouco se importa com os trabalhadores e está disposta a tudo para acabar com nossas vidas, enquanto enche o bolso de banqueiros e empresários, é preciso se organizar e ir às ruas. No último período a juventude e a classe trabalhadora tem indicado caminhos de como lutar contra esse governo, com as mobilizações de 15 e 30 de maio e a paralisação nacional contra a reforma da previdência em 14 de junho.
Para que essa disposição de luta seja canalizada e direcionada ao caminho da vitória é mais que urgente que as centrais sindicais e as organizações estudantis, como a CUT, a CTB e a UNE, rompam com suas paralisias e propostas de pactos com o governo e organizem um real plano de lutas desde a base, que possa se enfrentar e dar fim aos planos nefastos desse governo.
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