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Ponte de Jaguaré pega fogo na Zona Oeste de São Paulo e deixa mais de 50 famílias desabrigadas
Redação

Na manhã desta sexta-feira, 21, a parte debaixo da ponte do Jaguaré pegou fogo, o viaduto fica na Marginal Pinheiros em São Paulo e mais de 150 pessoas ficaram desabrigadas.

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Na manhã desta sexta-feira, 21, a parte de baixo da ponte do Jaguaré, localizada na Zona Oeste de São Paulo próximo a Marginal Pinheiros, pegou fogo, deixando desabrigados cerca de 150 pessoas moradoras da favela que existia em baixo da ponte – aproximadamente 50 famílias – dentre elas muitos idosos, crianças e gestantes. Segundo a Defesa Civil a estrutura da ponte está interditada para avaliação pelos Técnicos da Prefeitura de São Paulo.

Por hora não há informações de vítimas e as causas do incêndio que começou às 6h da manhã ainda não foram identificadas, no entanto os barracos de madeiras que eram teto das famílias, ao menos um veículo estacionados no local e materiais inflamáveis como as caixas da Feira do CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) foram queimados.

Recebemos o depoimento de um professor da rede pública da região (que optou por não se identificar) e nos enviou a foto, denunciando o fato ao Esquerda Diário:

“O que acontece na região e que vivenciei enquanto professor é a realidade nua e crua da especulação imobiliária. E os moradores da região, assim como da favela atingida pelo incêndio, sentem isso na pele diariamente. Vivemos numa cidade onde o Governo privatiza até parques públicos, obrigando o povo a pagar para ter acesso a cidade... Agora imagine essa lógica numa localidade onde há de fato grande potencial econômico e especulativo e um alinhamento ideológico de várias setores em torno disso. Logo, dado o incômodo das favelas naquela região –que inclusive é uma briga antiga, acho que é mais fácil incendiar uma favela e obrigar dessa forma a desocupação deste espaço, ainda mais havendo uma briga da população para ficar, do que toda a morosidade de um processo de reintegração de posse.”

Desde 2015 o jornal El País vem denunciando a disputa pela especulação na região e a disputa de interesses dos próprios moradores das áreas nobres que não concordam em ver a localidade ocupada por moradias populares, compartilhamos aqui https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/20/politica/1529507034_635165.html) e aqui https://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/02/politica/1427938647_756022.html)

Nós do Esquerda Diário nos solidarizamos com as famílias vitimadas por mais esse incêndio e reivindicamos que mais do que “acolhimento na rede socioassistencial, oferta de colchões, cobertores, cestas básicas e kits de higiene”, que foram anunciados como medidas pela Prefeitura e que são itens importantes ao mesmo passo que meramente paliativos, os imóveis ociosos na cidade devem ser expropriados dos capitalistas e especuladores imobiliários em favor das vítimas que já viviam em condições pouco dignas diante do constantemente negado direito à moradia - que deveria ser garantido ao conjunto da população, isso combinado a um Plano de Obras Públicas que além da construção de moradias populares para todas famílias que ainda não têm um teto, garanta a criação de empregos para a obtenção de condições dignas de vida aos moradores das ocupações.

 
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