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14J NATAL
Natal tem forte manifestação e paralisações em algumas categorias nessa greve geral
Redação Esquerda Diário Nordeste

A greve geral convocada para este dia teve um forte ato, com dezenas e milhares de trabalhadores e estudantes, apesar do clima de chuvas e também do chamado a greve geral “em casa”, como convocou a CUT. Houve uma forte manifestação também na cidade de Mossoró, no interior do Rio Grande do Norte.

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Na capital, o transporte funcionou parcialmente ao longo do dia, após os motoristas paralisarem por algumas horas nessa madrugada. A Justiça reprimiu a deliberação de greve da categoria, ordenando o funcionamento de 40% da frota, afrontando o direito de greve contra a reforma da previdência.

Ao mesmo tempo, servidores da saúde paralisaram as suas atividades esse dia em repúdio à reforma e em defesa da saúde e do trabalho dos funcionários do hospital, reduzindo o atendimento nas unidades nesse dia. Na educação, algumas escolas paralisaram junto a adesão dos professores na greve geral, com aulas paralisadas na UFRN pelos professores e docentes. Bancos também amanheceram fechados por conta da greve, em uma adesão forte dos bancários. Petroleiros também somaram esforços, aderindo à forte paralisação nacional da categoria.

Veja como foi o 14J em todo o país: Paralisações e atos em todos os Estados do país contra a reforma da previdência de Bolsonaro e do Congresso

Houve bloqueio de diversas estradas e rodovias de Natal, Mossoró, Ceará-Mirim, João Câmara, Tangará, Assu e Maxaranguape, por algumas horas no começo do dia, em ações radicalizadas de movimentos sociais.

Estudantes da universidade e dos IFs marcaram presença nas manifestações, ao lado da classe trabalhadora, que só não foi mais a fundo pela divisão que a UNE acordou com a CUT, CTB e demais centrais, de não unificar a luta dos estudantes e trabalhadores, com base em assembleias nas universidades. Uma política que significou não deixar que esses estudantes debatessem os rumos do movimento, unindo esforços para convocar os trabalhadores a se unificarem numa mesma luta.

No Rio Grande do Norte, a CUT cumpre um papel de direção da maioria dos sindicatos, convocou nacionalmente a greve geral “em casa”, permitindo a apenas em algumas categorias de trabalhadores o direito a uma assembleia para se organizarem contra a reforma da previdência e os cortes na educação.

Nesse mesmo dia, o presidente da CUT anunciou que era uma “vitória” da luta sindical a nova proposta da reforma da previdência levada a frente por Rodrigo Maia, com apoio dos governadores, inclusive os do PT, PCdoB, PSB e PDT do Nordeste. Um enorme escândalo por parte da “oposição” ao governo: ajudar na aprovação do principal objetivo dos planos imperialistas da Lava-Jato, do golpe, da prisão de Lula e da eleição manipulada de Bolsonaro. Uma reforma que será um duríssimo custo às aposentadorias dos que saíram nas ruas e paralisaram hoje.

Saiba mais: Paralisações e atos em todos os Estados do país contra a reforma da previdência de Bolsonaro e do Congresso

Não tem o menor interesse que o movimento estudantil e os trabalhadores derrotem a reforma, por isso desorganizam através dos sindicatos e entidades estudantis. Basta de negociarem pelas nossas costas!

Nós do Esquerda Diário e da juventude Faísca fomos às ruas de Natal nesse dia para cantar: “Não vou escolher, quero estudar sem trabalhar até morrer”. Fomos para defender a unidade da luta contra a reforma da previdência e os cortes na educação, com os estudantes podendo cumprir um papel de incendiar os trabalhadores e desempregados.

Mas também repudiamos o escândalo que é nossa governadora, Fátima Bezerra (PT), junto a Wellington Dias (PT), Flávio Dino (PCdoB) e o repressivo João Dória (PSDB), tenha concordando em apoiar a reforma da previdência de Rodrigo Maia! Pior, o fazem com a condição de que seja votado um projeto de lei que faça valer esse ataque aos servidores dos estados e municípios das suas regiões.

Se valem do DCE da UFRN, das entidades da UEE e UBES, para impedir que a juventude fosse organizada para esse dia de greve geral. Por isso, fomos às ruas com uma faixa dizendo “Parem de negociar nosso futuro com o Centrão e Bolsonaro / Plano de luta até derrotar os cortes e a reforma!”. Esse plano de luta deve servir para permitir o direito dos trabalhadores conduzirem a sua própria luta, com assembleias e comandos de base, que faria devolver a força dos sindicatos e entidades estudantis.

Diante dessa política vergonhosa, o PSOL, principal partido à esquerda do PT, deveria como mínimo romper com o bloco parlamentar que tem com o PT e denunciar essa política. Chamamos aos companheiros da Oposição de Esquerda, composta por juventudes do PSOL, PCB e outras organizações de esquerda, a se somarem ao chamado a que as centrais e a UNE rompam com essas negociações e convoquem um plano de lutas até derrotar a reforma da previdência e os cortes.

Fomos também com bandeiras de luta que signifiquem virar o jogo nessa crise capitalista, que só aumenta o desemprego e a miséria, enquanto a única saída apresentada é piorar nossas aposentadorias e nos obrigar a trabalhar até morrer. Seja a reforma da Bolsonaro-Guedes, seja a reforma de Rodrigo Maia-Governadores.

Ao final, gravamos um vídeo de exigência à liberdade dos presos em SP, no RS e no ES nesse dia de greve geral, em repúdio à repressão aos que lutam contra o governo e seus ataques:

A única alternativa que permitiria falarmos sério sobre recuperar o emprego, a educação, a saúde, para além do que foram no “auge” do lulismo, é unificar a batalha da juventude, dos trabalhadores, das trabalhadoras, LGBTs, e negros contra pagamento da Dívida Pública. É para pagar esse roubo histórico do orçamento público, que leva R$1 trilhão das aposentadorias, bilhões das universidades, escolas e hospitais, para priorizar... o lucro de grandes banqueiros e empresários.

A prioridade é sempre a vida deles enquanto seguirmos pagando essa dívida. Por isso batalhamos pela repartição das horas de trabalho entre as mãos disponíveis, redução a jornada sem reduzir o salário, e a escala móvel para que o salário não se deteriore com a inflação, combinado a um plano de obras públicas que empregasse e construísse escolas, hospitais. Defendemos a estatização das universidades privadas e o fim do vestibular a que toda a juventude negra e trabalhadora tenha de fato direito ao ensino superior.

Frente ao escândalo do vazamento de conversas de Moro e o procurador Dellagol, em que ficou evidente todo o plano golpista traçado por trás da agenda neoliberal que estamos enfrentando, defendemos a liberdade imediata de Lula, sem qualquer apoio político ao PT, que abriu caminho ao golpe institucional com sua estratégia de conciliação de classes.

Consideramos que no caso de um desenvolvimento das mobilizações de massas contra os ataques neoliberais, em meio à crise do governo com o escândalo da Lava Jato, uma tarefa da juventude e da classe trabalhadora deverá ser batalhar por uma organização política e revolucionária que eleve as aspirações para além da miséria neoliberal “aguada” da “oposição” petista. Uma juventude marxista deverá querer que se massifiquem as ruas ao lado da classe trabalhadora e os setores oprimidos para se contrapor as saídas golpistas, por um lado, ou eleitoralistas , a necessidade de uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, que possam avançar contra os privilégios da casta de juízes e políticos, para que os corruptos sejam julgados por júri popular, mas também por medidas anticapitalistas e anti-imperialistas como o não pagamento da dívida pública, a expropriação dos grandes latifundiários e dos principais recursos estratégicos da economia sob controle popular e outras medidas que respondam às demandas mais sentidas das camadas exploradas e oprimidas, em defesa dos setores oprimidos, mulheres, negros, LGBTs. Um luta dentro da qual possam surgir as forças para batalhar por um governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo, baseado em organismos de democracia direta das massas.

 
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