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ENCONTRO ENTRE MACRI E BOLSONARO
Macri e Bolsonaro se reúnem e criticam a Venezuela
Redação

Com mais crises do que acordos para apresentar, a reunião entre Bolsonaro e Macri focou-se nas críticas à Venezuela e no apoio a candidatura do presidente argentino. A esquerda e os movimentos sociais marcharam no fim da tarde em repúdio à visita do líder ultradireitista.

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Jair Bolsonaro e Mauricio Macri apresentaram uma declaração conjunta depois da reunião na Casa Rosada durante o almoço dessa quinta-feira.

Com muita crise em ambos os países e pouco o que mostrar em matéria de acordos comerciais, ambos presidentes centraram-se em sua política abertamente golpista acerca da Venezuela e no apoio eleitoral que Bolsonaro expressou a candidatura de Macri.

“Faço um chamado ao povo argentino para o que terão pela frente em outubro. É uma decisão que tem que tomar com a razão e não com a emoção. Como fizemos no Brasil, onde houve grande responsabilidade para decidir o futuro do país”, afirmou Bolsonaro, sem se envergonhar sobre o processo eleitoral viciado que viveu o Brasil no ano passado e que incluiu o encarceramento do principal candidato opositor, Lula, e a interferência do judiciário, dos empresários, da mídia e da cúpula militar para garantir o seu triunfo.

Depois do encontro, que durou menos de duas horas, ambos os presidentes comentaram sobre os principais temas que trataram, entre eles a militarização da fronteira, comércio, energia e defesa. Porém na realidade um dos temas centrais foi a situação na Venezuela. Ambos os presidentes apoiam o golpista Juan Guaidó desde que este se autoproclamou presidente interino do país e estiveram na primeira linha de defesa dos ataques e da ingerência permanente dos EUA, que incluiu a ameaça de uma ação militar direta.

A partir do grupo de Lima impulsionaram todo tipo de declaração apoiando as sanções contra a Venezuela, sanções que não fazem mais do que aprofundar a crise econômica e social que vive o país.

Fazendo jus a esse histórico, Macri disse que durante o encontro com Bolsonaro falaram do “duro momento que estão vivendo” na Venezuela e se comprometeram a “seguir fazendo todo o possível desde aqui” para que se reestabeleça a democracia nesse país. Um eufemismo para apoiar a ingerência norte-americana e o golpismo da direita local encabeçada por Guaidó.

Bolsonaro, por sua vez, afirmou que “toda a América do Sul está preocupada em que não hajam novas Venezuelas na região. Devemos nos preocupar e tomar decisões concretas nesse sentido”.

Bolsonaro continuará sua agenda com uma visita ao congresso, depois prosseguirá com uma reunião de juízes da Suprema Corte argentina e mais tarde estará presente no fechamento do seminário da indústria de defesa na embaixada do Brasil. Finalmente, irá se reunir com empresários no hotel Alvear, onde passará a noite para voltar ao Brasil na sexta de manhã.

Repúdio a Bolsonaro

Na tarde dessa quinta realizou-se uma ação de repúdio a visita do presidente brasileiro em Buenos Aires.

Em um comunicado, a Frente de Izquierda dos Trabalhadores (FIT) expressou seu rechaço a visita de Bolsonaro assinalando que o presidente vem ao país para “mostrar que a saída que defende para a Venezuela é a ingerência imperialista, a qual vem fracassando e a qual noa opomos desde a esquerda, lutando por uma saída operaria e popular. E para desenvolver uma maior militarização da Tríplice Fronteira e maior ingerência só imperialismo em nossa região com o pretexto da ‘luta contra o tráfico de drogas’”. Dois dos aspectos que estiveram no centro da reunião de ambos mandatários.

Além disso, a FIT denuncia que a chegada de Bolsonaro acontece em um momento de crescimento da luta da juventude e dos trabalhadores brasileiros em defesa da educação e contra a proposta do governo de avançar em uma reforma da previdência reacionária. “ A Frente de Izquierda se solidariza com esse auspicioso processo de mobilizações, que terá um novo marco na greve geral do próximo 14 de junho no Brasil”, agrega o comunicado da FIT.

Entre as consignas da mobilização dessa quinta estiveram a de “repudiar a chegada de Bolsonaro e a Ingerência do imperialismo Ianque em toda a América Latina” e o de “repudiar o governo Macri e sua aliança com o ultradireitista Bolsonaro”Também estiveram presentes as consignas de “Fora o FMI e pelo não pagamento da dívida pública” e “Pela unidade socialista da América Latina”.

 
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