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POLÍTICA
Bolsonaro e Maia querem restrição do direito de greve e redução de horas e salários ao funcionalismo
Redação

O ministro da Economia de Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) se reuniram na manhã dessa terça feira, dia 28/05, com uma série de deputados jovens para discutir ataques neoliberais aos trabalhadores.

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Contando com a participação da deputada “defensora da educação” Tabata Amaral (PDT-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) uma lista de 30 projetos foram distribuídos entre os participantes da reunião. Entre os absurdos se destaque o desprezo pelo funcionalismo público, já que estes buscam resgatar um projeto de lei de 2001 que altera a Lei de Greve, para responsabilizar os funcionários públicos que entrarem em greve, independentemente do motivo, usando a desculpa de “interromperem o funcionamento de serviços essenciais”.

E não para por aí, além de buscarem atacar frontalmente o direito de greve dos servidores públicos ainda querem abrir margem para que haja uma espécie de gatilho automático para caso o Governo se endivide possa reduzir a carga horária dos mesmos, reduzindo assim também seus salários e avançando em precarizar as condições de trabalho ainda mais.

Todas essas medidas vem combinadas com o “centro de gravidade” dos planos da burguesia que segue sendo a aprovação da reforma da previdência, que agora Bolsonaro, o Centrão e o STF firmaram um acordo para avançar nesse brutal ataque aos trabalhadores e a juventude para aprova-lo o quanto antes. Reconhecendo que o funcionalismo público pode ser um fator de resistência considerável a partir de suas greves, como demonstraram as professoras municipais que impuseram um recuo ao Dória com o SAMPAPREV no ano passado, essas medidas vem para desarticular a resistência contra a impopular reforma da previdência e para que os governos possam cortar salários quando quiserem.

Nesse sentido a expressão desse dia 30 deve ser o de uma só luta contra os cortes na educação, que colocaram mais de um milhão de pessoas nas ruas com um protagonismo da juventude estudantil, e contra a reforma da previdência que fará com que os trabalhadores e os jovens tenham que trabalhar até morrer.Nós do Esquerda Diário e do Movimento Revolucionário de Trabalhadores viemos batalhando nos locais onde estamos exigindo que as centrais sindicais antecipassem a greve geral marcada apenas para o dia 14 para esse dia 30, parando os locais de trabalho e impondo uma derrota estratégica a esse projeto de descarregamento da crise nas costas dos trabalhadores e da população pobre.

Podemos ver que as centrais mantiveram a greve para o dia 14/06, enquanto a UNE segue na divisão de tarefas separando as duas lutas também. Isso porque essas entidades são dirigidas por partidos políticos que também estão no congresso nacional e buscam negociar nossos direitos em troca de seus privilégios. A CUT é dirigida pelo PT que apesar do discurso no parlamento contra a reforma da previdência de Bolsonaro tem seus quatro governadores do Nordeste favoráveis a uma reforma “desidratada” (todos os 4: Rui Costa da BA, Fátima Bezerra do RN, Camilo Santana do CE, Wellington Dias do PI). A CTB, outra grande central sindical, é dirigida pelo PCdoB que apoiou Rodrigo Maia para a presidência da Câmara, simplesmente o principal articulador da reforma da previdência no congresso e que como mostra esse artigo é contra os trabalhadores. A UNE por sua vez é dirigida pela juventude desses partidos (Juventude do PT e UJS) e cumpre o mesmo papel no movimento estudantil.

“Para que possamos enfrentar esse pacto pela reforma da previdência sem que fiquemos a mercê da política dessas direções que querem rifar nossas vidas é fundamental que tomemos em nossas mãos os rumos dessa luta, exigindo um Comando Nacional de delegados eleitos e revogáveis pela base das assembleias de cada local de trabalho e estudo do país, para que sejam realmente os trabalhadores e estudantes lutadores que tenham voz e poder de decisão.”

Onde se possa discutir não um projeto neoliberal “alternativo” como propõe o PT e o PCdoB, mas sim um programa que busque atacar o lucro dos grandes capitalistas, contrapondo a reforma ao não pagamento da dívida pública que constrange o orçamento federal com uma verdadeira bolsa banqueiro que drena nossas riquezas para o bolso dos banqueiros e dos especuladores do mercado financeiro internacional que representam os interesses do imperialismo.

Nesse sentido queremos abrir um debate com o PSOL que se coloca como oposição ao petismo e que nas últimas eleições dobrou sua bancada parlamentar com figuras como Sâmia e o próprio Boulos, além de construírem a Oposição de Esquerda à majoritária da UNE.

Quando se reúnem com os partidos burgueses da ordem na tentativa de articular uma “frente ampla democrática” contra Bolsonaro, ao invés de batalhar pela unidade dos trabalhadores e da juventude através das paralisações e métodos de luta que podem fazer o governo cair de joelhos – já que não fazem uma crítica sequer ao papel traidor que cumprem o PT e o PCdoB nas entidades estudantis e sindicais – em nome da unidade nessa frente com esses partidos acabam encobrindo pela esquerda esse projeto neoliberal alternativo que é o caminho para a derrota do nosso movimento. Precisamos agarrar com tudo os dias 30 e especialmente o 14, tirando das mãos da burocracia nossa organização para darmos uma demonstração contundente de forças contra qualquer reforma da previdência (inclusive as que o PT e as centrais negociam).

 
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