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UNICAMP
Unicamp: Chapa "São Eles ou Nós" conquista dois delegados para o Conune 2019
Redação

A chapa "São Eles ou Nós: que os capitalistas paguem pela crise", composta pela juventude Faísca e independentes, que estava concorrendo as eleições de delegados para o CONUNE 2019 conquistou 2 dos 18 representantes dos estudantes da Unicamp, levando a frente a ideia da unidade da juventude com os trabalhadores para enfrentar os cortes na educação e a reforma da previdência e de que é preciso levantar um programa para fazer com que sejam os capitalistas a pagarem pela crise. Veja abaixo o texto de agradecimento da chapa.

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AGRADECEMOS NOSSOS 212 VOTOS: elegemos 2 delegados a serviço da unidade da juventude com a classe trabalhadora para que os capitalistas paguem pela crise!

Nossa chapa agradece a todos os estudantes que votaram em nós nesta semana e com quem tivemos a oportunidade de discutir nossas ideias. Fizemos uma campanha construída majoritariamente por mulheres, com apoios de trabalhadores, professores da rede estadual, dos Correios e fábricas de Campinas, aos quais agradecemos imensamente. Elegemos 2 representantes ao CONUNE 2019, a serviço de batalhar desde agora pela unidade pela base da juventude com a classe trabalhadora contra os ataques de Bolsonaro e de superar a política da burocracia da UNE, dirigida pelo PCdoB e PT, que querem impor uma divisão das nossas lutas a serviço de suas negociações contra nosso futuro. Nossa luta é uma só: contra a Reforma da Previdência e os ataques de Bolsonaro à educação.

Asseguramos que essa perspectiva, que defendemos no último dia 15 e com a qual estamos construindo o próximo dia 30, certamente não se encerra na campanha, assim como todos os debates que iniciamos. Nesta semana, é necessário que cada estudante se veja sendo parte de exigir de suas entidades e de construir assembleias nos institutos e cursos para votar paralisações no próximo dia 30, e cobrando da UNE um verdadeiro comando que coordene as lutas nacionalmente, com representantes eleitos pelas assembleias, para tomarmos os rumos da mobilização nas mãos.

Sabemos que justamente pelo burocratismo da UNE as decisões dessa entidade estudantil são apartadas do conjunto dos estudantes e batalhamos ao longo das eleições por um processo democrático, ligado às bases, e com profundas discussões políticas. Por isso, fizemos um chamado à construção de um debate entre as chapas, que não aconteceu, sem nenhuma das outras chapas se posicionarem sobre isso. Também desde já assumimos o compromisso de batalhar por ônibus, que é papel da reitoria fornecer, a qualquer estudante que queira compor o espaço do CONUNE em Brasília, para além das chapas e dos delegados, e a que todas as resoluções e debates do Congresso, espaço extremamente burocrático, retornem ao conjunto do movimento estudantil da Unicamp.

Especialmente aos estudantes que compuseram e apoiaram a chapa da Oposição de Esquerda "É na luta que a gente se encontra", composta por membros do DCE, do PSOL e do PCB, junto a independentes, que elegeu o maior número de delegados: na campanha abrimos um debate sobre os desafios de uma verdadeira oposição à majoritária da UNE, que perpassa a tarefa de combater o divisionismo das nossas forças e defender a unidade com a classe trabalhadora, começando pelo próximo dia 30 e nas lutas que seguirem, e denunciando as negociatas da majoritária. Achamos que a campanha que levaram adiante não cumpriu esse papel, cobrindo com um discurso de esquerda as manobras da majoritária da UNE, e chamamos a que se coloquem essa perspectiva e um programa à altura dos desafios da crise nacional, porque isso fortaleceria as lutas dos estudantes.

Nossa defesa da educação passa por defender uma educação verdadeiramente para os interesses da classe trabalhadora e do povo. Foi justamente um programa para radicalizar o acesso à universidade contra o discurso da extrema direita que busca nos isolar o que levantamos ao longo da campanha. Defendendo a conquista das cotas e o perdão imediato às dívidas do FIES, discutimos com cada estudante a necessidade de apontarmos ao fim do vestibular e pela estatização das universidades privadas, porque todo trabalhador tem direito de estudar e de se valer dos conhecimentos que hoje são usurpados pelas empresas nas universidades produtoras de patentes, como a Unicamp.

Os desafios do movimento estudantil nacional estão na tarefa histórica de construção de uma política independente de todos aqueles que querem descarregar a crise nas nossas costas. Por isso, somos porta-vozes em nosso programa da juventude barrada da universidade pelo vestibular, desempregada, precarizada, que tem suas vidas entregues a jornadas exaustivas ou à bala da polícia racista. Queremos saber: quem mandou matar Marielle Franco? Lembramos Evaldo Rosa, que nesta semana teve seus assassinos perdoados pela Justiça Militar. Não esquecemos, não perdoamos!

No 11° ano da crise capitalista internacional, construímos uma campanha dizendo: são eles ou nós, e devem ser eles, os capitalistas, os que devem pagar pela crise. Fora imperialismo da América Latina, contra o autoritarismo judiciário e pela liberdade imediata de Lula! Pelo não pagamento da dívida pública!

Foram essas as ideias que incomodaram a direita, que nos atacou insistentemente durante a campanha e elegeu delegado zero para o MBL. Esse é só o começo da resposta dos estudantes! A cada um que nos apoiou fazemos um chamado a levarem esse programa e estratégia conosco.

 
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