www.esquerdadiario.com.br / Veja online / Newsletter
Esquerda Diário
Esquerda Diário
http://issuu.com/vanessa.vlmre/docs/edimpresso_4a500e2d212a56
Twitter Faceboock
NÃO A REFORMA TRABALHISTA
Dormir na rua e pedalar 12 horas por dia: o destino da juventude da reforma trabalhista
Redação

A cruel reforma trabalhista aprovada em 2017 que na boca dos golpistas seria a grande salvação para criação de empregos, não somente não o fez - chegando o país a mais de 13 milhões de desempregados - como precarizou ainda mais o futuro da juventude, que hoje enriquece os grandes fast foods pedalando 12 horas por dia e tendo, muitas vezes, que dormir nas ruas das grandes capitais.

Ver online

Sem dúvida uma das principais vítimas da reforma trabalhista é a juventude. Sem direitos e com jornadas ainda maiores, agora querem que trabalhemos até morrer com a nefasta reforma da previdência. Enquanto isso são os aplicativos de serviços como Uber, iFood, 99 e Rappi que se favorecem garantindo empregos cada vez mais precários. O aplicativo colombiano Rappi, por exemplo, começou a operar no país em julho do ano passado e hoje vê seu número de entregas aumentar 30% ao mês.

A rotina destes jovens trabalhadores é extremamente precária, como afirmou a reportagem da BBC. Hoje calcula-se que são cerca de 4 milhões de trabalhadores para estes aplicativos de delivery, e são cerca de 17 milhões de usuários. O perfil dos jovens trabalhadores é que são em sua maioria moradores afastados dos grandes centros, moram nas periferias das capitais, saem cedo de casa, alguns chegam a pedalar até 30km para aguardar em frente de shoppings, restaurantes e esperam até as 19 horas, quando o horário de pico os faz trabalhar mais do que as 8 horas estabelecidas pela CLT.

Enquanto quem tem uma moto recebe mais pedidos, trabalha de uma forma menos exaustiva e, principalmente, consegue ter uma renda maior - às vezes, recebe até o dobro do ciclista. Os motoboys que fazem jornadas de 12 horas diárias, por exemplo, ganham cerca de R$ 4mil mensais, em média. Já os ciclistas recebem por kilometros percorrido, isso os relatos são de fazer jornadas de mais de 12 horas diárias, trabalhar muitas vezes sem folgas e até dormir na rua para emendar um horário de pico no outro, sem voltar para casa.

Todavia, ambos precisam abrir mão dos direitos trabalhistas da CLT, como seguro-desemprego, fundo de garantia e férias remuneradas.

Abaixo a reforma trabalhista! A juventude pode disputar a sociedade e construir o futuro!

Esta triste realidade reservada a juventude é a expressão dos objetivos do golpe institucional e da eleição completamente manipulada, com apoio das Forças Armadas e das arbitrariedade do judiciário, de Bolsonaro. À serviço do capital financeiro, que Bolsonaro diz que "é difícil ser Patrão no Brasil" e mesmo o país ocupando o 4º posto no ranking mundial de acidentes de trabalho, Bolsonaro anuncia enxugar 90% das Normas Regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho para isentar a patronal dos processos trabalhistas.

Todavia, as tentativas de Bolsonaro de reservar somente a miséria e a precarização como destino da juventude trabalhadora, encontrou um potencial inimigo: os levantes de juventude das universidades públicas e privadas que disseram não aos cortes na educação, e uma parcela já entende a necessidade de unificar esta demanda com a luta contra a reforma da previdência ao lado dos trabalhadores.

Agora com o anúncio do recuo parcial dos cortes na educação, é claro que o governo teme a unificação da luta contra a reforma da previdência e que daí possa se avançar para muito mais. Por isso, neste próximo dia de mobilização convocado pela UNE, e que posteriormente foi aderido pela CUT e pela CTB, é preciso lutar pelo futuro da juventude, exigindo a revogação da reforma trabalhista, defendendo a educação e contra a reforma da previdência.

 
Izquierda Diario
Redes sociais
/ esquerdadiario
@EsquerdaDiario
[email protected]
www.esquerdadiario.com.br / Avisos e notícias em seu e-mail clique aqui