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CORTES NA EDUCAÇÃO
Após atos massivos, Bolsonaro afirma demagogicamente que vai dar R$2,5 bi para a Educação
Redação

Um dia depois de mais de 1 milhão de pessoas terem saído às ruas e mostrado a força para enfrentar os ataques do governo e a reforma da previdência nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em Dallas, que quer transferir para Educação, Ciência e Tecnologia cerca de R$ 2,5 bilhões dos recursos devolvidos pela Petrobras, em acordo firmado pela Lava Jato com os EUA.

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As manifestações massivas no dia 15 de maio, que reuniram mais de 1 milhão de pessoas em mais de 240 cidades do Brasil, representam a indignação da população, que repudia os cortes de Bolsonaro e a reforma da previdência. Foram essas manifestações que botaram medo no presidente e o fez dar declarações menosprezando todos os estudantes, professores e outros trabalhadores que saíram as ruas contra seu governo, os chamando de “idiotas úteis, manipulados por uma minoria”.

Foram essas manifestações que fizeram Bolsonaro usar mais uma vez da demagogia para tentar acalmar a população, afirmando, na quinta-feira (16), que transferirá para a educação cerca de R$ 2,5 bilhões de um fundo devolvido pela Petrobras, a partir dos processos com a Lava Jato e os Estados Unidos, e que para isso espera a ajuda da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Em primeiro lugar, isso é uma mentira. Responder à manifestação dizendo que vai conceder esse valor é uma forma de conter a indignação das massas com as condições precárias de vida e com os ataques nos seus direitos mais fundamentais, como a educação e a previdência.

Em segundo, esse discurso de aplicar um fundo na educação não resolve o problema. O Bolsonaro, esse que é “manipulado por uma minoria” (de empresários), com o corte de 30% nas universidades e nos institutos federais, tem como objetivo avançar na privatização do ensino superior, desmontando a educação pública para conseguir favorecer os tubarões do ensino, atacar a ciência e o pensamento crítico nas escolas e universidades, abrindo espaço para o obscurantismo pseudo-terraplanista e conservador que dá o tom nos objetivos estratégicos do bolsonarismo, e, por último mas mais centralmente, utilizar os cortes como “moeda de troca” para aprovar a reforma da previdência, afirmando que, caso a reforma seja aprovada, o bloqueio dos recursos poderá ser revisto ou suspenso, claramente armando uma armadilha para os estudantes e professores.

Para não cairmos em nenhuma demagogia ou chantagem do governo, é necessário organizar uma mobilização que se enfrente com os cortes de Bolsonaro mas também com a reforma da previdência, como forma de aliar os estudantes e professores aos trabalhadores que também terão que trabalhar até morrer caso a reforma seja aprovada.

Após o 15M, que foi uma grande demonstração da força que a juventude tem, ainda mais em aliança com os trabalhadores, foi chamado um segundo dia nacional de luta pela educação, 30 de maio. Essa luta, para ser efetiva, tem que levar as demandas de acordo com o interesse de toda a população. Para golpear o presidente de fato e derrotar seus ataques, temos que unir as pautas dos cortes com a reforma da previdência, pois não é possível golpeá-lo descolando as duas demandas, uma vez que Bolsonaro condiciona e negocia os nossos direitos.

Para unificar as lutas, a UNE, junto a centrais sindicais como CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, precisam chamar assembleias em todos os locais de trabalho e estudo, elegendo delegados em cada uma delas para que se forme um comando nacional de mobilização e o dia 30 seja uma forte greve geral que golpeie o governo Bolsonaro com um só punho.

 
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