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USP
Filipe Leme presente! Nossa solidariedade aos familiares e amigos de estudante da USP morto em acidente de trabalho
Faísca Revolucionária
@faiscarevolucionaria
Movimento Nossa Classe

Filipe Varea Leme, tinha apenas 21 anos, estudava geografia na FFLCH e era monitor de informática na escola politécnica da USP. No dia 30 de abril, sua vida foi brutalmente interrompida. As notícias logo após a sua morte indicaram que um armário caiu sobre seu corpo. Ele estava na Poli trabalhando, movendo um mobiliário pesado de lugar em desvio de função.

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À mãe, ao pai, aos familiares, aos amigos, aos colegas de classe e de trabalho de Filipe oferecemos nosso profundo pesar e nossa solidariedade diante dessa morte tão irracional, incompreensível e inaceitável.

Aos 21 anos a vida deveria estar em seu princípio. Um estudante de geografia deveria estar sonhando com o futuro, estar em uma roda de conversa discutindo com seus amigos a vida, estar na biblioteca lendo livros, numa quadra treinando seu esporte favorito. Deveria estar em um estudo de campo buscando entender o homem e a natureza, o espaço. A vida não deveria ter chegado ao fim.

Depois da notícia de sua morte, diversos trabalhadores e estudantes manifestavam revolta ao saber dessa tragédia. Um acidente de trabalho fruto de negligência, desvio de função e de condições precárias de trabalho. Muitos trabalhadores convivem em seu cotidiano com monitores e estagiários. Ao congelar contratações de trabalhadores efetivos, a USP passou a buscar mais monitores e estagiários para substituir os postos de trabalho antes ocupados por funcionários efetivos. O estagiário, que deveria estar aprendendo, passou a ter as mesmas obrigações que um trabalhador efetivo, com um salário muito menor.

A política de permanência estudantil da USP tem sido contratar sob um valor baixíssimo, estudantes, que deveriam poder se dedicar à pesquisa nas bibliotecas, nos grupos de estudos, nos laboratórios, para substituir o trabalho de um funcionário efetivo. Desde 2014 A USP não faz contratações. De lá para cá foram feitos dois PIDVs (Programa de Incentivo a Demissão Voluntária) que fechou mais de três mil postos de trabalho. A demanda por funcionários aumenta e com isso os desvios de função, o assédio moral, o trabalho precário e, inclusive, os acidentes.

Não podemos aceitar que as políticas de permanência estudantil resultem em estudantes adoecidos, acidentados ou em mortes como a de Filipe. Não podemos aceitar a precarização do trabalho em nome de uma política privatista de universidade. Nos enche de tristeza e revolta a morte de Filipe. É chocante que alguém tão jovem tenha morrido. É revoltante que sua morte seja fruto da precarização das condições de trabalho e estudo. A juventude precisa viver!

Filipe Varea Leme, Presente!

 
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