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CRISE ARGENTINA
Christian Castillo: “A dívida externa é impagável, é necessário romper com o FMI”
Redação

Para o dirigente do PTS (partido irmão do MRT na Argentina) e a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT), as más notícias na economia são “a crônica de algo anunciado”. Ele denuncia o Governo de Macri, a CGT (maior central sindical Argentina) e convoca o ato da FIT no dia 30 de abril.

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Christian Castillo, dirigente do PTS (partido irmão do MRT na Argentina), esteve nessa quarta-feira (24) nos estúdios do canal C5N (da TV Argentina), onde falou da situação econômica da Argentina, das políticas de “alívio” oficiais, do papel da CGT (maior central sindical Argentina) nessa situação e sobre o programa defende a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT) diante a crise em curso hoje no país.

Algumas de suas ideias:

• “Isso é uma crônica de algo anunciado. Com a inflação altíssima que existe é evidente que sobem todos os índices. Hoje vimos outro dado, segundo o qual a inflação anual no atacado é de 68%, portanto a mudança de preços vai seguir nos próximos meses”.

• “Se somamos isso a todo o pacote de novidades, ao aumento do risco país e à queda do bônus, sobra uma situação extremamente frágil e débil. E não somente para hoje. Nos próximos quatro anos de governo, de 2020 a 2023, terão que pagar 160 bilhões de dólares de dívida externa”.

• “Para se ter uma ideia, as exportações argentinas no total são de aproximadamente 28 bilhões de dólares ao ano, enquanto, a cada ano, tem de ser paga a dívida de 40 bilhões de dólares. É uma dívida impagável. Por isso, a ruptura com o FMI é um ponto central que temos que propor”.

• As medidas de “alívio” na província de Buenos Aires “de nenhuma maneira são um paliativo, e sim uma tentativa de fazer um remendo para tentar uma acomodação eleitoral. É evidente que o sofrimento do povo trabalhador não será resolvido com nada disso”.

• “Precisamos de um verdadeiro plano de luta. Na FIT vamos nos mobilizar no dia 30 (Abril), fazer um ato próprio, fechar com Nicolás del Caño e Romina el Plá. Então vamos reivindicar “fora FMI”, que não temos que pagar a dívida, que temos que nacionalizar as empresas privatizadas que trabalharam com o menemismo e ganharam subsídios como nunca agora e com o kirchnerismo”.

“A atitude da CGT não nos surpreende, entregaram tudo em 2018 e entregam de novo para Macri, agora em 2019. É uma vergonha. Quando o povo trabalhador enfrentou a reforma da previdência, quando começou a decadência do Governo, com centenas de milhares nas ruas, até agora só o que fizeram (a CGT) foi passar pano para garantir que o Governo siga avançando com o plano do FMI, o que é um roubo monumental quando olhamos, com tarifas e combustíveis cobrados em dólar”

• “O que perdem de um lado, ganham de outro. Os especuladores estão ganhando como nunca. Mas essa gente é a mesma que hoje está apertando Macri para dizer ‘saia, não sabemos se vai ganhar, ponha Vidal’. Mas são os mesmos grupos que este governo beneficiou, junto às empresas privatizadas, às petroleiras e a outras empresas. A Argentina produz em pesos e temos os combustíveis em dólar. Isso afeta toda a inflação.”

• “Aqui temos que ter, insisto, uma resposta de fundo para que a crise seja paga pelos especuladores, os grandes banqueiros, os grandes empresários e não pelo povo trabalhador, como vem acontecendo até agora”.

Veja o programa (em Espanhol)

 
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