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REPRESSÃO
Sergio Moro autoriza Força de Segurança Nacional a conter Marcha indígena em Brasília
Redação

O ministro da justiça, Sérgio Moro, a pedido do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), encabeçado pelo general Augusto Heleno, autorizou o uso repressivo da Força de Segurança Nacional no período em que ocorrerá o Acampamento Terra Livre, previsto para os dias 24 a 26 de abril. Um evento que ocorre há 15 anos.

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Sob justificativa absurda de "desencorajar a violência nos atos", essa medida busca intimidar a realização da marcha indígena e de movimentos sociais, que ocorrerá em na praça dos Três Poderes. É uma demonstração dos novos poderes autoritários e repressivos atrelados à Sergio Moro após a sua ascensão à Ministro da Justiça, que dispensou o uso da polícia militar como quis, sem precisar do pedido do governador do DF.

O uso da Força de Segurança Nacional se trata de um abuso autoritário por parte de Moro e Bolsonaro, em acordo com os militares para responder a um evento que concentrará a maioria das etnias indígenas. Qualquer uso de força poderia significar um atentado por parte do Estado contra os povos indígenas de todo o país.

Além disso, Moro deu prazo de 33 dias para a ação das Forças de Segurança, muito além do período desse evento, começando a contar hoje, que faz essa medida ainda mais nociva, pois banaliza o uso de tamanho aparato repressivo contra qualquer evento, sobretudo quando se trata de movimentos sociais e de trabalhadores.

Bolsonaro é um declarado inimigo dos povos indígenas e da demarcação de terras, sendo eleito pelo agronegócio para alentar a crescente perseguição de lideranças indígenas e ambientalistas na Amazônia e expandir a fronteira agrícola.

As Forças de Segurança Nacional, por sua vez, são um aparato repressivo da União criado nos anos de governo do PT, para suplementar as polícias estaduais na "manutenção da ordem", desde então abrindo o precedente para o uso dessa força especial contra os movimentos sociais e de trabalhadores.

Essa é parte da escalada autoritária do regime político, expressa sobretudo no STF censurando a imprensa apoiadora da Lava-Jato, que se insere na disputa entre diferentes alas do autoritarismo judiciário. Essa medida se apoia em medidas do governo golpista de Temer, que mobilizou, via GLO, até mesmo as Forças Armadas para reprimir atos de trabalhadores contra a Reforma Trabalhista e da Previdência em 2017.

 
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