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BRUMADINHO
Governos de MG e Federal ensaiam manobra para “isentar” Vale dos crimes em Brumadinho
Redação

O ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, declarou que a multa de 250 milhões aplicada pelo Ibama à Vale pelo crime de Brumadinho poderá ser convertida em investimento em sete partes nacionais do estado de Minas Gerais. Estes parques que seriam “adotados” pela Vale, que estaria responsável pelo desenvolvimento da infra-estrutura, uma manobra do governo do estado de Minas Gerais de Zema e o Governo Bolsonaro para salvar a Vale de seus crimes ambientais.

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Nesta segunda feira, 08 de Abril, o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, declarou que a multa de 250 milhões aplicada pelo Ibama à Vale pelo crime de Brumadinho poderá ser convertida em investimento em sete partes nacionais do estado de Minas Gerais. Os parques propostos seriam o Caparaó, Grande Sertão Veredas, Caverna do Peruaçu, Sempre-Vivas, Serra do Gandarela, Serra da Canastra e Serra do Cipó, que seriam “adotados” pela Vale, que estaria responsável pelo desenvolvimento da infra-estrutura destes para o turismo. Além dos parques, também foi proposto para a Vale a administração do Museu de Inhotim, em Brumadinho.

O que este falatório esconde, é uma manobra do governo do estado de Minas Gerais de Zema e o Governo Bolsonaro para salvar a Vale e manter a atividade da mineração predatória tal como já vinha sendo praticada no estado, que como já denunciamos neste artigo, é um modelo de produção baseado na extração violenta e de destruição das nascentes, das águas e das montanhas, com impactos ambientais e sociais irreversíveis e que só pode se manter com a superexploração do trabalho, concentrando em grandes monopólios a extração de minérios.

Outra questão muito importante a ser denunciada é que parte deste projeto é entregar posteriormente estes parques para empresas privadas, no modelo do que hoje já acontece com o parque do Itatiaia, que de antemão já se mostra como uma medida extremamente contraditória, a partir de refletir o quanto a exploração dos recursos naturais voltadas para o lucro, como já vimos nos exemplos de Mariana e Brumadinho, estão longe de apresentar benefícios para a população.

Este movimento da Vale junto aos governos estadual e federal nos faz recordar de uma ação semelhante que tiveram também após o crime de Mariana, onde o governo Dilma do PT, junto com Anastasia do PSDB, criaram a fajuta Fundação Renova, que hipoteticamente seria para atender as vítimas do crime e que é constante alvo de crítica das vítimas e inclusive do próprio Ministério Público Federal pela lentidão na qual vem sendo levados os processos.

Estes movimentos nos mostram como o Estado está prontamente preparado para atender aos interesses dos capitalistas, seja postergando o atendimento às vítimas, seja transformando suas perdas – como a recente multa da Vale por Brumadinho – em oportunidades de negócios. A única saída coerente passa pela re-estatização da Vale com gestão de seus trabalhadores e controle popular, enfrentando a mineração predatória e a contaminação do meio ambiente, com controle popular e com representantes de ambientalistas eleitos nas universidades e comunidades, como uma forma de haver uma transição e superação da atual forma predatória da extração para que a relação da mineração com o meio ambiente não seja insustentável.

 
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