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RIO DE JANEIRO
Serviço Social e Geografia da UERJ paralisam contra reforma da previdência e por Marielle
Isa Santos
Assistente social e residente no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ
Samyr Rangel
Professor de Geografia no Rio de Janeiro

Neste dia 22 de março novamente os cursos vão paralisar, depois de já terem feito isso no dia 14, ao completar um ano do brutal assassinato de Marielle. Tratam-se dos únicos cursos no país onde o movimento estudantil paralisou como ações concretas frente a estas lutas fundamentais, apesar de que o Centro Acadêmico de Serviço Social fez um chamado muito mais amplo, que não foi atendido como parte da paralisia que estão impondo as direções sindicais e estudantis

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As paralisações do dia 14 contaram com 100% de adesão e um bloco com dezenas de estudantes de cada um dos cursos que se dirigiram ao Festival Cultural que foi convocado na Cinelândia.

Os estudantes aderiram massivamente com a consciência de que a luta por justiça por Marielle só pode ser vitoriosa se for em base a uma mobilização e ações combativas, batalhando por uma investigação independente.

Agora frente ao dia 22, que foi convocado como um dia de luta contra a reforma da previdência, ambos cursos estão paralisando novamente, dando mais um exemplo de combatividade. No caso do Serviço Social, o CASS (Centro Acadêmico de Serviço Social, que tem como gestão a “Por isso me grito” - MRT, Pão e Rosas e independentes), passou em todas as salas de aula para defender a efetivação do indicativo de paralisação, que foi votada favoravelmente por quase a totalidade dos estudantes do curso, mostrando novamente consciência da necessidade de estar na linha de frente das lutas contra Bolsonaro e seus ataques.

O CASS defendeu a nova paralisação sem deixar de dizer que este dia 22 novamente não foi construído de maneira efetiva pelo DCE da UERJ, que não chamou reunião abertas, não construiu uma assembleia estudantil convida amplamente com passagens em salas, nem um ampla convocação com cartazes chamando para organizar o movimento estudantil estudantil frente a esse ataque. Mas também não foi pelo conjunto as direções sindicais e estudantis controladas pelo PT e PCdoB, como a CUT, a CTB e a UNE, apesar de que foram eles mesmo que chamaram este dia de luta.* E que os próprios parlamentares do PSOL vinham sendo coniventes com essa situação ao não exigir um plano de luta efetivo por parte das centrais, organizado pela base com assembleias. Mas essas limitações impostas pelas direções não foi motivo para o CASS deixar de defender novamente a paralisação e os estudantes aderirem massivamente.

Foi uma repetição do que aconteceu na construção do dia 14 por Marielle. Apesar de o chamado do CASS ter sido feito desde fevereiro ao DCE da UERJ (PT e PCdoB) e ao conjunto do movimento estudantil adotar métodos combativos porque somente com o caminho da luta vamos conquistar justiça por Marielle, e a lutarmos por uma investigação independente, somente o curso de Geografia da UERJ se somou ao chamado. A passividade também se deu por parte do próprio PSOL que não organizou ações como essa em nenhum lugar onde dirige entidades estudantis e não deixou que representantes dos cursos paralisados, que foram as ações mais combativas do país por Marielle, sequer falassem no palco do festival cultural.

Esperamos que estes exemplos ecoem pelo país e que novos setores dos estudantes se somem a esta batalha para que o movimento estudantil se coloque na linha de frente da luta por justiça por Marielle, com uma investigação independente, assim como contra a reforma da previdência, pressionando as direções das entidades estudantis a que rompam a paralisia e organizem de fato as lutas contra Bolsonaro, a extrema direita, os golpistas e seus ataques, superando as direções do PT e PCdoB que vem impondo a paralisia nas centrais sindicais e entidades estudantis e impondo que estas organizem um verdadeiro plano de lutas com assembleias de base.

 
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