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PUC RIO
Estudantes da PUC-Rio renomeiam a Vila do Diretórios Marielle Franco
Redação

Os estudantes da PUC-Rio renomearam a Vila dos Diretórios em homenagem Marielle Franco, a vila onde abriga fisicamente os centros acadêmicos e o diretório central dos estudantes passou a se chamar Vila Marielle Franco. Essa homenagem à vereadora assassinada brutalmente pelo Estado brasileiro racista se incorpora a tantas outras que vimos nesses últimos meses desde o carnaval e que teve uma expressão combativa e de mobilização com as paralisações por Justiça à Marielle e Anderson nos cursos de Geografia e Serviço Social da UERJ.

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Os estudantes da PUC-Rio renomearam a Vila dos Diretórios em homenagem Marielle Franco, a vila onde abriga fisicamente os centros acadêmicos e o diretório central dos estudantes passou a se chamar Vila Marielle Franco. Essa homenagem à vereadora assassinada brutalmente pelo Estado brasileiro racista se incorpora a tantas outras que vimos nesses últimos meses desde o carnaval e que teve uma expressão combativa e de mobilização com as paralisações por Justiça à Marielle e Anderson nos cursos de Geografia e Serviço Social da UERJ.

A renomeação da Vila dos Diretórios Marielle Franco tomada pelos estudantes da PUC-Rio é, sem sombra de dúvidas, um passo importante não apenas por ela ser ex-aluna da instituição e ter o reconhecimento de sua luta anti-racista, mas também porque essa homenagem política pode avançar para além disso e se transformar em mobilizações necessárias para que haja justiça por Marielle e Anderson. Além disso, a renomeação e homenagem é também uma resposta ao racismo estrutural brasileiro, sobretudo, nesse caso da execução de uma mulher negra defensora dos direitos humanos. Marielle denunciava a miséria de vida que os capitalistas dão aos negros e moradores de periferia, uma vida de carestia e indignidade onde a repressão policial é o mecanismo chave para dominação e a contenção do potencial convulsivo das massas negras.

As relações raciais no Brasil tiveram desde muito tempo atrás um cuidado “especial” das elites senhoriais e da burguesia, não apenas pelo fato de serem uma grande massa de escravizados e de trabalhadores livres, mas por conterem bem no íntimo de sua existência algo que nenhum senhor de escravo conseguiu subtrair: seu anseio por liberdade e seu potencial revolucionário.

Não é pra menos que anos passados da abolição, a repressão estatal e para-estatal sejam um mecanismo para lidar com as contradições das relações raciais no Brasil, desde seu elemento mais explosivo e convulsivo, contendo os trabalhadores negros e deixando intacto um racismo historicamente construído. Marielle Franco foi assassinada por combater e denunciar o genocídio do povo negro e de favela e no marco do golpe institucional se tornou uma ferida aberta ocasionada por um Estado racista que preferiu elimina-la a tê-la como uma voz dissonante do regime. https://www.esquerdadiario.com.br/O-que-o-assassinato-de-Marielle-tem-pra-contar-sobre-as-relacoes-raciais-no-Brasil

Os estudantes da PUC-Rio em sua homenagem, decididamente junto a muitos brasileiros deixam escapar um grito entalado que se pôde ouvir no carnaval, nas periferias e favelas, de que chegou a vez de ouvir as “Marias, Mahins, Marielles e malês”. Uma luta por justiça à Marielle e Anderson deve batalhar através da mobilização a partir da luta dos setores mais oprimidos, de trabalhadores, de juventude, de mulheres e do movimento negro, por uma comissão independente para que possamos chegar de fato nos mandantes desse assassinato.

 
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