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MILITARES NO GOVERNO
Saiba quem é Floriano Peixoto, o sucessor de Bebianno na Secretário-Geral de Bolsonaro
Redação

Com a queda de Bebianno como ministro da Secretário-Geral da República, General Floriano Peixoto irá ocupar seu posto. O general comandou as tropas que cumpriram deplorável missão no Haiti: opressão de milhares e a deflagração da maior epidemia de cólera no país caribenho.

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"Queremos criar condições para empresários estrangeiros, ONGs, chegarem no Haiti", assim um Coronel que estava sob o comando de Floriano Peixoto descreve o objetivo da invasão ilegal e violenta que deixou mais de 10 mil mortos e 800 mil contaminados por cólera, segundo jornal francês.

O terremoto no Haiti, ocorrido em janeiro de 2010, um dos mais mortíferos da história da humanidade, deixou mais de 300 mil mortos. Mesmo após a tragédia de proporções incalculáveis, os generais atuaram para garantir a intervenção imperialista no país mais pobre das Américas, e logo trataram de reconstruir, antes de mais nada, os portos e os aeroportos para dar continuidade às exportações de produtos feitos com a barata mão-de-obra haitiana e, enquanto isso, as vidas das vítimas estavam literalmente aos escombros, com enorme parcela do país sem as mínimas condições de vida reestruturadas, sem serviços de saúde e educação. Aos haitianos, até o saneamento básico foi negligenciado pelas tropas invasoras, que contavam com mais de 20 mil soldados.

Além da violência contra a população haitiana, com centenas de estupros por parte dos soldados e das ocupações de bairros que atiravam a esmo, deixando um rastro de civis mortos, foi comprovado por laboratórios internacionais que o surto de cólera desencadeado logo após o terremoto veio do descarte incorreto do esgoto das bases militares sob o comando brasileiro, ou seja, descarte executado em missão que estava sob o comando do general Floriano Peixoto. O descaso era tão grande que uma única saída de esgoto da base militar contaminou mais de 800 mil pessoas, segundo dados da ONG que reune os afetados.

Em 2016, quando saiu o resultado que rastreou o DNA da bactéria de cólera que devastou o Haiti e ficou provado que ele vinha das tropas invasoras, o Secretario-Geral da ONU assumiu a culpa pelo ocorrido e pediu desculpas, além de afirmar que a ONU não se responsabilizaria juridicamente pelas mortes, pois já estava "ajudando" ao povo haitiano. O governo brasileiro e o general que estava a frente das tropas naquele momento até hoje ficam em silêncio em relação à chacina que fizeram no Haiti, e agora, como "prêmio" pelos bons serviços de "estabilização" do Haiti, o general Floriano Peixoto assumirá uma das principais pastas no governo Bolsonaro.

Floriano Peixoto está assumindo o posto de Gustavo Bebianno, depois de uma crise no coração do governo que se instaurou após denúncia da Folha de São Paulo, onde Bebianno estava envolvido nas candidaturas laranjas do PSL durante as eleições de 2018. Depois de longos dias de muita disputa de Bebianno com a família Bolsonaro, Peixoto assume o cargo, configurando neste momento um fortalecimento de uma ala militar dentro do governo. Floriano Peixoto passa a ser o oitavo ministro militar no governo, onde tem o maior número de militares integrando o governo desde a redemocratização de 1988. Desta forma, o governo Bolsonaro, mesmo com suas diversas frações internas, tem uma unidade interna em torno da intenção de fechar a situação política do país de maneira mais desfavorável aos trabalhadores.

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