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USP
Aos estudantes ingressantes da USP: organizar a luta contra os ataques de Bolsonaro
Faísca USP

Essa semana, voltam as aulas na Universidade de São Paulo, divulgamos aqui o material da juventude Faísca e do grupo de mulheres Pão e Rosas para a Calourada USP 2019.

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Para os calouros que acabam de entrar na USP, é importante que saibam como os estudantes da Universidade de São Paulo historicamente cumpriram um papel na política nacional. Nos últimos anos, participamos da luta contra o golpe institucional, estivemos ao lado dos trabalhadores na Greve Geral de 2017, fomos às ruas contra o assassinato da Marielle e na semana após a eleição de Bolsonaro, reunimos milhares de estudantes, professores e trabalhadores na universidade pelo #EleNão. Os jovens que hoje entram na USP, depois de furar o filtro social do vestibular, também foram parte dessas batalhas. Com as mulheres na linha de frente, somos uma geração que questiona o machismo, o racismo, a LGBTfobia e a precarização da vida.

Bolsonaro e seu ministro Ricardo Vélez defendem que a universidade pública seja restrita a “uma elite intelectual”, querem censurar estudantes e professores com o Escola Sem Partido e diz que os centros acadêmicos são “ninhos de ratos”. Isso porque sabem que atacando a educação podem avançar mais rápido para aplicar a Reforma da Previdência, aprofundar a Reforma Trabalhista e acabar com o nosso futuro. Em São Paulo Doria está alinhado ao governo federal para avançar nesses ataques e nos planos de privatização, que inclui as universidades.

Frente a tudo isso, nós da Juventude Faísca, acreditamos ser fundamental construirmos um forte e democrático Congresso de Estudantes da USP, com representantes eleitos em todos os cursos da universidade. A última vez que tivemos um espaço assim, foi em 2015, antes do golpe institucional, da prisão arbitrária de Lula e da eleição de Bolsonaro. A preparação deste congresso seria feita com amplas reuniões para debater as políticas necessárias de permanência estudantil, a importância das cotas raciais rumo ao fim do vestibular, a necessidade de que o conhecimento produzido na universidade esteja a serviço de toda a classe trabalhadora e do povo pobre. Com as mulheres, os negros e LGBTs na linha de frente, nosso congresso também poderia ser um importante espaço para organizarmos a luta contra a reforma da previdência, e a retirada dos direitos.

Essa política poderia ter muita força se fosse levada a frente pelo DCE, hoje sob gestão do PT, PCdoB e Levante Popular da Juventude. Mas, o que vimos no último período é que ao invés de apostar todas as forças na organização dos estudantes, a gestão Nossa Voz compartilha a ideia de que a luta contra Bolsonaro passa por se aliar com os mesmos setores que deram o golpe institucional e defendem as reformas neoliberais. O PSOL que já esteve na gestão do DCE de 2008 a 2017 e está agora em diversos centros acadêmicos como oposição de esquerda ao PT, poderia colocar sua força a serviço dessa política de organização massiva. Porque ficar calado diante do que fazem as grandes entidades dirigidas pelo PT não contribui para a organização dos estudantes.

Imaginem a força se um forte congresso de estudantes, em aliança com os professores e trabalhadores da USP, que, através do seu sindicato SINTUSP, sempre estão na linha de frente das lutas contra os ataques da reitora, saísse com um chamado aos servidores, aos professores da rede pública, aos operários das fábricas da região para uma luta unitária contra a reforma da previdência, os ataques à educação e aos direitos que o governo Bolsonaro quer implementar? Isso poderia ter um grande impacto em diversas universidades do país e permitir que o movimento estudantil voltasse a ser um ator político nacional, ao lado dos trabalhadores. Por isso chamamos todos os novos estudantes a defender essa perspectiva conosco!

>> TODO APOIO A GREVE DAS PROFESSORAS E SERVIDORAS MUNICIPAIS DE SÃO PAULO, CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE BRUNO COVAS. NÃO AO CORTE DE SALÁRIO!

>> LANÇAMENTO DO LIVRO: “ROSA LUXEMBURGO - PENSAMENTO E AÇÃO”

Há cem anos do assassinato da maior dirigente revolucionária de todos os tempos, a edições Iskra, em parceria com a Boitempo lança a biografia inédita no Brasil de Rosa Luxemburgo, escrita por seu camarada Paul Frolich. O grupo de mulheres Pão e Rosas convida a todos para o lançamento da obra na USP, com a participação de Isabel Loureiro, especialista em Rosa Luxemburgo e Diana Assunção, fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas e autora do prólogo do livro.

Link do evento: http://www.esquerdadiario.com.br/Biografia-de-Rosa-Luxemburgo-sera-lancada-na-USP

>> Participe também da nossa atividade "Mulheres à frente contra Bolsonaro: qual caminho seguir na luta contra os ataques à educação e a previdência?" (https://www.facebook.com/events/290950024920771/), dia 20 de fevereiro, às 16h, no vão da História e Geografia, na FFLCH. Com a presença de professoras da rede pública e trabalhadoras da USP.

 
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