Metrô não quer negociar e sim fazer chantagem.
Manter a retirada de uniforme, uso de adesivo, lotar ainda mais a assembleia do dia 07/02 e construir na base a Greve dia 08/02
A direção do Metrô de SP, a mando do governador Doria e a secretaria de transportes negaram as recomendações da justiça em suspender a demissão de Joaquim José e a implementação da escala 4x1x4x3 noturna.
Entretanto, viram a força da categoria lotando a última assembleia, o que impôs rapidamente que a empresa chamasse negociação.
Na reunião de negociação, provou -se que a direção do Metro-SP não quer negociar, mas sim chantagear. Querem que aceitemos o ataque ao acordo coletivo em troca de avaliar readmissão de Joaquim. Um jogo sujo do Metrô, já que comprova que não somente eles podem readmitir Joaquim a hora que quiserem, como também sabem que estão cometendo ilegalidade na implementação da nova escala.
Provou-se também que a intransigência está com o Metro-SP, que atropelou a cláusula de paz da justiça, e agora quer impor a divisão da categoria a todo o custo. Para isso, se apoiam nos setores que continuam colaborando com a empresa aceitando a nova escala ou quebrando galho.
Rechaçamos essa chantagem e provocação que o Metro-SP está fazendo. E não nos resta outra alternativa agora a não ser construir na base a greve do dia 08/02. A diretoria do sindicato, tem que se unificar imediatamente nesse objetivo, construindo as setoriais nas áreas e fazendo um chamado também a população para apoiar a nossa greve como parte da luta contra privatização que mata, ataca direitos e deixa o sistema inseguro, como vimos acontecer em Brumadinho com a ganância da Vale, e na colisão de trens do Monotrilho, onde o Metro-SP tenta assim como fez com Joaquim culpar o funcionário e isentar a multinacional Bombardier.
O apoio ativo que recebemos da delegação dos professores municipais em greve contra o Sampaprev de Covas na nossa última assembleia, mostra que não estaremos sozinhos nessa batalha. E que organizados e unificados, com a população do nosso lado, somos mais forte do que qualquer governo.
Ao contrário do que diz vários diretores da maioria da diretoria do sindicato ligados à CTB e Chega de Sufoco, de que fazer a greve agora nos enfraquece para lutas futuras, dar essa batalha agora e não aceitar a chantagem e os ataques do Metrô, é fundamental para impor uma derrota na política de privatização e terceirização que ao longo dos últimos anos vem avançando profundamente retirando direitos dos metroviarios, principalmente os mais novos. Nos anos anteriores já se mostrou que adiar as batalhas necessárias, e aceitar passivamente aos ataques, ao invés de nos moralizar, nos enfraquece.
Nesse sentido, que uma vitória contra a nova direção da empresa comandada por Dória, fortaleceria não somente a categoria para a campanha salarial, mas também a exigência para que as centrais sindicais saiam da paralisia e possam convocar um tão necessário plano de luta nacional, que unifique o conjunto da classe trabalhadora contra a iminente reforma da previdência articulada pelo governo Bolsonaro.
Movimento Nossa Classe - Metroviarios
Próxima Reunião Quinta feira 07/02 as 17hs no Sindicato.
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