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RACISMO
Menino preso por ser negro: "fui jogado numa cela onde só tinha rato e percevejo"
Redação

Nessa sexta feira 25/01/2019, Leonardo dos Santos, jovem negro foi preso injustamente pela generalização racista da polícia.

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Imagem: G1

Segundo o seguinte depoimento da advogada de Leonardo, "O Leonardo é muito semelhante ao que foi descrito pelas vítimas, mas houve um reconhecimento com pessoas de etnias diferentes daquela do Leonardo, ou seja, duas pessoas brancas (...). O Leonardo é negro, com características da pessoa do delito, isso pode ter induzido as vítimas ao erro”, disse Ingrid Dantas.

Esse tipo de generalização é estruturalmente social de um país que até os dias atuais carrega os resquícios da escravidão que se consolidou nas relações sociais e estruturais no Brasil com o racismo, generalizações essas que é responsável pelo assassinato da juventude negra e pobre pelas mãos da polícia.

Nos dias de hoje o Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, celas super lotadas em condições insalubres em que dados feitos por pesquisas, dizem que 44% dos detentos do país estão presos sem julgamento. Um país com mais anos de escravidão do que pós abolição, reflete de forma profunda o racismo estrutural e institucional que existe no Brasil, uma vez que essa população carcerária é em sua esmagadora maioria negra. Isso mostra o quanto o sistema penitenciário é racista, seletivo e punitivo com a população negra.

Pai de Leonardo em entrevista a Globo/ Reprodução G1

Jorge Benjamin, pai de Leonardo, diz em entrevista as condições desumanas que seu filho foi exposto, ao espancamento, deixado preso em cela em condições insalubres com ratos e percevejos. Porém o pai lutou de forma incansável contra a injustiça que seu filho estava passando, alegando a todo tempo a inocência de seu filho, colocando sempre como um menino dócil, amável e apegado a família, que jamais cometeria algum crime do tipo que estava sendo acusado.

Leonardo dos Santos, representa um ponto fora da linha do que hoje esta dado ao sistema penitenciário brasileiro, ainda sim, existem muitos jovens negros e pobres que são presos sobre suspeitas generalizadas que representa o quanto o mito da democracia racial é algo consolidado na realidade dos negros no Brasil.

O Brasil escancara nas suas raízes institucionais o racismo, precarizando ainda mais a condição de vida dos negros, mostrando o quanto essa justiça burguesa tem DNA racista, seletivo, punitivo e reacionário com o povo negro. Sem nenhuma confiança nessa justiça racista e reacionária, que todos os presos sem julgamentos sejam soltos e todos assassinatos pelas mãos da polícia sejam julgados a júri popular.

 
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