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SERGIO MORO
Sérgio Moro lava as mãos perante os escândalos milicianos de Flávio Bolsonaro
Redação

Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou em entrevista à Reuters que o governo não irá interferir nas investigações dos escândalos de transferências bancárias envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL). Nessa entrevista, sequer expressou sua opinião sobre as suspeitas de envolvimento do gabinete de Flávio Bolsonaro com milicianos acusados de assassinar Marielle Franco e envolvidos nas movimentações financeiras da Coaf.

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Segundo o ministro, as apurações referentes às movimentações financeiras na conta de Flávio Bolsonaro estão apenas em fase preliminar e nas mãos dos responsáveis por encaminhar a apuração dos fatos.

Sérgio Moro deixou mais uma vez evidente a farsa do seu suposto interesse e empenho em combater a corrupção no país, tampouco sua promessa de "combater a violência". O ministro da Justiça e Segurança, que se projetou em cenário nacional como o “paladino do combate a corrupção” diante de sua atuação arbitrária na operação Lava a Jato, afirmou nessa quinta-feira (24) em entrevista à Reuters que o governo não irá interferir em nada nas investigações dos escândalos que o deputado eleito e filho mais velho de Jair Bolsonaro (PSL), Flávio Bolsonaro, está envolvido.

O Conselho de Controle e Atividades Financeiras (Coaf) identificou 48 depósitos de R$ 2 mil em apenas um mês (entre junho e julho de 2017) e um pagamento de mais de R$ 1 milhão em título bancário na conta de Flávio Bolsonaro. Cabe relembrar que antes de estourar esse escândalo a grande mídia já havia evidenciado o enriquecimento no mínimo estranho da família Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro tinha elevado seu patrimônio em 55% e Flávio Bolsonaro em 432% em apenas quatro anos.

Além desse caso o Conselho de Controle e Atividades Financeiras verificou que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, o motorista Fabrício Queiroz, também apresentou movimentações “atípicas” no valor de R$ 7 milhões durante três anos. Como se essa situação já não fosse grave, as investigações da COAF atingiram parentes de milicianos acusados de terem executado a vereadora carioca Marielle Franco, que tinham cargos nas secretárias de Flávio Bolsonaro (além de fotos com o presidente e do fato de Flávio ter homenageado esses milicianos inúmeras vezes no parlamento).

Entretanto, para Sérgio Moro "essa é uma investigação preliminar, não há nada conclusivo sobre isso e no momento o caso está nas mãos dos promotores estaduais. Então, eles estão fazendo seu trabalho de maneira normal". Ainda segundo o ministro "o governo nunca vai interferir no trabalho dos investigadores ou no trabalho com promotores". Afirmação bastante contraditória haja vista a própria atuação/discurso do então magistrado durante as investigações dos casos de corrupção e lavagem de dinheiro na operação Lava Jato. Operação esta que muito longe de combater a corrupção teve como objetivo viabilizar as bases para o golpe institucional e colocar no poder aqueles que melhor poderiam servir aos interesses imperialistas.

Com Moro a frente, prenderam arbitrariamente Lula e vetaram sua candidatura, além de uma série de manobras, vazamentos de delação em meio as eleições, sequestro de votos no Nordeste via biometria, perdão do escândalo de fake news, perseguição à campanha eleitoral nas universidades públicas... assim garantiram a vitória de Bolsonaro, como última alternativa para consolidar um giro a direita na correlação de forças entre essa democracia decadente e ódio massivo contra as reformas da Previdência e privatizações. O silêncio absurdo do ministro Sérgio Moro, indicado por Jair Bolsonaro, evidencia não somente a farsa do seu discurso, mas também a sua disposição incansável de governar lado a lado daqueles que impõem que os trabalhares paguem pela crise capitalista, se dispondo a trabalhar para um dos principais políticos dos milicianos cariocas, membros do crime organizado.

 
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