Hoje, dia 01 de janeiro, por volta das 15h, o reacionário Jair Bolsonaro começou a cerimonia para empossa-lo como presidente do Brasil. É o primeiro presidente militar eleito desde 1945. A cerimônia de posse ocorrerá primeiro no Congresso Nacional e depois ele irá se dirigir ao Palácio do Planalto onde irá receber a faixa presidencial e discursar ao público.
Em discurso de posse que consolidou seu governo como um governo de continuidade do golpe institucional no Congresso, Bolsonaro fez um discurso breve mostrando seu principal objetivo: atacar os trabalhadores.
Leia Mais: Resposta ao discurso de Bolsonaro: ele quer calar nossa voz para atacar os trabalhadores
Para a cerimônia, que ocorre em Brasília, a mídia burguesa noticia que são esperadas cerca de 300 mil pessoas, prometendo ser um dia histórico o que não se nota nas ruas de Brasília nem nas imagens da televisão. A posse terá um esquema de segurança especial montado para o evento, com direito a ocupação da Empresa Brasileira de Comunicação – que Bolsonaro quer fechar – por tanques de guerra.
Brasília não ficou deserta mas está longe de ser um dia histórico como tentam mostrar os jornalistas da Globo, Record e outras mídias amigas de Bolsonaro. As fotos mostram algumas dezenas de milhares de pessoas, infladas por um número imenso de policiais à paisana como oficialmente declarado.
Leia Mais: Brasília militarizada e com menos pessoas do que Bolsonaro e a mídia desejavam
Algumas presenças são destacadas e demonstram a possibilidade de um novo realinhamento internacional do governo brasileiro, como a do primeiro-ministro de Israel, Netanyahu, que possui proximidade com Jair Bolsonaro pelas suas declarações polêmicas de que, a exemplo do Trump, irá mudar a sede da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Bolsonaro promete aprender com Israel a reprimir e ao mesmo tempo como melhor servir aos EUA.
Com uma eleição marcada pela intervenção do judiciário, o governo do ex-capitão, que assume nesta terça-feira, terá na sua composição 22 ministros, entre eles Sergio Moro, e um grande número de militares, maior do que governos de Geisel e Médici durante a Ditadura Militar.
Já mostrando a que veio, um dia antes da sua posse Jair Bolsonaro declarou guerra as escolas dizendo que irá tirar todo “lixo marxista” e que a educação brasileira forma “militantes políticos” e passará a formar “cidadãos”.
Enquanto alimenta via redes sociais posições reacionárias e extremistas como a do Escola Sem Partido, no seu discurso oficial de hoje Jair Bolsonaro deve abordar o tema da corrupção e reformas fiscais, leia-se ataque aos direitos dos trabalhadores. Os editoriais de hoje dos principais jornais do país como Folha de São Paulo, O Globo e Estadão cobram do governo de Jair Bolsonaro a aplicação dos ataques como a reforma da Previdência, que é a razão de existência deste governo para a burguesia, como apontamos no editorial “O significado da vitória de Bolsonaro e como combate-lo)
Governadores reacionários assumem e já apontam ataques aos trabalhadores e o povo pobre. Os governadores de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro prometem ser, a plano regional, um balão de ensaio das medidas econômicas mais brutais contra a classe trabalhadora e o povo pobre que Bolsonaro quer implementar a plano federal.
Precisamos organizar a classe trabalhadora em aliança com a juventude e os setores oprimidos como as mulheres, os negros e LGBTs para colocar de pé um verdadeiro plano de luta para derrotar a Reforma da Previdência e as privatizações. Para isso é fundamental retomar os sindicatos e as entidades para a luta de classes, renovar suas direções e retomar a democracia operária. Nós do MRT e do Esquerda Diário colocaremos toda nossa energia nessa perspectiva, oferecendo um programa anticapitalista que faça com que os capitalistas paguem pela crise e não nós trabalhadores e a população pobre.
Leia Mais: A missão de Bolsonaro é acabar com a previdência e privatizar, preparemos o combate!
Acompanhe as notícias e análises da posse pelo Esquerda Diário.
|