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Coletes Amarelos bloqueiam plantas da Airbus, Amazon e Louis Vuitton
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Os Coletes Amarelos bloquearam as estradas de diferentes partes do país e a entrada de três grandes fábricas e armazéns. O governo enviou a Gerdarmeria Nacional, uma força policial militar subordinada ao Ministério de Defesa francês. Os manifestantes preparam a jornada de atos do próximo sábado.

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Os Coletes Amarelos bloquearam as estradas de diferentes partes do país e a entrada de três grandes fábricas e armazéns. O governo enviou a Gerdarmeria Nacional, uma força policial militar subordinada ao Ministério de Defesa francês. Os manifestantes preparam a jornada de atos do próximo sábado.

Os coletes amarelos franceses nomearam cada uma das ações que estão acontecendo nos sábados como “Atos”. O primeiro Ato foi realizado em 17 de novembro, o 5o ato está sendo preparado para este sábado, 15 de dezembro. No entanto, as ações se concentrarem aos sábados não implica que durante o resto da semana os coletes amarelos fiquem de braços cruzados. Muito pelo contrário, todos os dias a França amanhece com bloqueios pelos caminhos de todo o país.

A este panorama se somou, nas últimas semanas, o bloqueio à entrada das plantas de diferentes fábricas e lojas, que nesta terça e quarta-feira tiveram como protagonistas algumas das mais importantes e emblemáticas, como Aibus, Amazon e Louis Vuitton.

Em Toulouse, onde as mobilizações dos finais de semana vêm crescendo, ao lado da saída às ruas dos estudantes secundaristas e universitários, os coletes amarelos bloquearam nesta quarta-feira a planta de logística da Airbus, e depois foram para o depósito da Amazon para impedir a entrada e a saída de caminhões.

Os armazéns fora da cidade foram bloqueados por algumas centenas de manifestantes. Imediatamente o governo enviou helicópteros da Gerdarmeria, uma força policial militar subordinada ao Ministério de Defesa francês, e membros da polícia anti distúrbios para reprimir a manifestação.

Na porta do fabricante de aeronaves Airbus, a Polícia deu um ultimato de 10 minutos para os manifestantes acabarem com o bloqueio.

É assim que vem agindo o Governo que não conseguiu convencer os manifestantes com as concessões mínimas anunciadas na segunda-feira. Diante da impossibilidade de frear o movimento, a repressão foi intensificada, como já adiantou o último sábado com uma operação de 90.000 policiais por todo o país e veículos de artilharia da Gerdarmeria em Paris.

Diante do ultimato da polícia, os coletes amarelos mantiveram o bloqueio o máximo possível e depois cortaram o acesso à loja da gigante do comércio eletrônico, a Amazon.

Em ambas as plantas os manifestantes impediram durantes horas a entrada e a saída de caminhões.

Na manhã de terça-feira, ocorreu um bloqueio da Fábrica da Louis Vuitton. O grupo de coletes amarelos decidiu bloquear com pneus e paletes de madeira a entrada para a fábrica. Um dos manifestantes afirmou “a Vuitton é o luxo e, no entanto, os funcionários que fabricam os produtos que são vendidos por muito dinheiro precisam trabalhar duro para ganhar um pouco mais do que um salário-mínimo”.

Suas demandas também estiveram presentes nos bloqueios desta quarta-feira, não foi só pelo aumento do salário-mínimo, como também pela reinstauração do imposto sobre a fortuna dos mais ricos (no caso da Amazon, pediam que a empresa pagasse imposto na França), e pela democratização institucional contra um sistema que eles consideram podre, incluindo também um “Referendo de Iniciativa Cidadã” (RIC). Estas e outras demandas demonstram que o anúncio de Macron não alcançou o efeito desejado e que o movimento segue em curso.

O bloqueio dos coletes amarelos a importantes fábricas é um elemento muito poderoso. É uma ação que poderia ser multiplicada ainda mais se os bloqueios desde o exterior, que impedem a circulação de mercadorias e dificultam a produção, forem acompanhados de um bloqueio interno de parte dos trabalhadores por meio de uma greve. No dia 14 de dezembro, quando várias centrais sindicais convocam uma jornada de paralisações, pode-se produzir a união dos coletes amarelos e vermelhos (em referência a cor da camiseta dos trabalhadores sindicalizados). Apesar do papel dos líderes sindicais, que fizeram o possível para garantir a paz social com o governo e evitar que os trabalhadores confluam com os coletes amarelos, pode ser que nesta sexta vejamos uma mostra da unidade entre trabalhadores e os coletes amarelos, e que seja um princípio do 5o Ato que se prepara para o sábado.

 
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