Imagem: Instagram/Divulgação/ Exame
Desta vez, Bolsonaro anunciou Ernesto Araújo, 51, como diplomata para Ministério das Relações Exteriores. Quem está no posto atualmente é Aloyso Nunes. Antes disso, o titular da pasta, ainda sob o governo de Michel Temer foi José Serra.
Com esta nomeação, Bolsonaro reafirma a sua intenção de fazer com que o Brasil se torne um quintal para os Estados Unidos e principalmente o interesse de vender o país para os interesses do imperialismo.
O servilismo do novo Ministro das Relações Exteriores é escancarado na declaração do funcionário do Itamaraty ao UOL. De acordo com as suas palavras ’’Ele escreveu um artigo chamado ’Trump e o Ocidente’ uma vez na revista do Itamaraty. Foi uma bomba, uma espécie de declaração da posição política dele. Ele se posicionou claramente simpático ao governo de Trump. Araújo é hoje chefe do departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Ministério das Relações Exteriores.
Bolsonaro afirmou: ’’A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje. Informo a todos a indicação do Embaixador Ernesto Araújo, diplomata há 29 anos e um brilhante intelectual, ao cargo de Ministro das Relações exteriore’’.
A nomeação de Ernesto para ministro das Relações Exteriores também mostrou que Bolsonaro faz parte da política do toma-lá-da-cá, ainda que ele se diga uma alternativa em relação esta lógica. A nomeação do ministro foi um prêmio, pois Ernesto manteve um Blog para apoiar abertamente a campanha de Jair Bolsonaro, chamado Metapolítica 17. Algo bem atípico inclusive nos próprios diplomatas, que no geral, não revelam suas posições política.
O blog que está ainda no ar, é um lixão a céu aberto contendo inúmeras groselhas que a direita chama de critica ao PT, á esquerda e ao marxismo. Num texto introdutório, ele demonstra toda a sua raiva a teoria marxista afirmando que ’’Tenho 28 anos de serviço público e sou também escritor. Quero ajudar o Brasil e o mundo a se libertarem da ideologia globalista’’. Não satisfeito em passar vergonha, o diplomata tenta definir o que ’’Globalismo é a globalização econômica que passou a ser pilotada pelo marxismo cultural. Essencialmente é um sistema anti-humano e anti-cristão. A fé em Cristo significa, hoje, lutar contra globalismo, cujo objetivo ultimo é romper a conexão entre Deus e o homem, tornando o homem escravo e Deus irrelevante. O projeto metapolítico significa, essencialmente, abrir-se para a presença de Deus na política e na história’’. Obviamente que o Deus de Ernesto deve ser o Tio Sam ou Donald Trump.
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