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Futuro Ministro "made in USA" de Bolsonaro quer entregar base militar para os EUA
Úrsula Noronha

Marcos Pontes, tenente-coronel reformado e astronauta, teve seu nome confirmado pelo reacionário recém-eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser o novo ministro de Ciência e Tecnologia no seu governo.

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Marcos Pontes, tenente-coronel reformado e astronauta, teve seu nome confirmado pelo reacionário recém-eleito Jair Bolsonaro (PSL) para ser o novo ministro de Ciência e Tecnologia no seu governo. O primeiro astronauta brasileiro passou boa parte da sua carreira nos Estados Unidos, estudando e trabalhando na NASA, agência espacial norte-americana, e agora fará parte do governo ultra neoliberal de Bolsonaro, visando entregar de vez base militar para os EUA e submetendo ainda mais o país ao imperialismo.

O currículo do futuro ministro mostra que ele é um piloto de caça e engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Fez mestrado na Naval Postgraduate School na Califórnia e foi selecionado em 1998 para o programa da NASA, na qual foi formado como “Especialista de Missão”. No mesmo ano iniciou um treinamento no Centro Espacial Lyndon Johnson, em Houston, e em dezembro foi declarado astronauta da NASA oficialmente.

O astronauta se candidatou em 2014 para deputado federal por São Paulo, pelo PSB, e não foi eleito. Em 2018, já filiado ao PSL, se candidatou como segundo suplente de Senador na chapa de Major Olímpio.

O nome do engenheiro aeroespacial já vinha sendo cogitado desde a campanha eleitoral de Bolsonaro. Segundo Pontes, ele e o novo presidente conversam sobre o cargo desde março e depois do segundo turno ele declarou que já havia aceitado o convite, só faltava anunciar. A divulgação aconteceu nesta quarta-feira, 31, quando Bolsonaro afirmou através do Twitter “o quarto Ministro confirmado”.

Uma das coisas que está no seu programa, no entanto, é entregar a base de Alcântara, que fica na Amazônia, para os Estados Unidos. Fazendo parte do plano de Bolsonaro de acabar com as riquezas naturais colocando-as nas mãos do imperialismo, Pontes é um elo dos EUA com o Brasil para dar continuidade a esse projeto e entregar, também, a base militar.

Bolsonaro tem um claro programa entreguista ao capital estrangeiro: se dispõe a pagar fielmente a ilegal, ilegítima e fraudulenta dívida pública aos cofres dos empresários norteamericanos e apresenta um absurdo plano de privatização das empresas estatais. Ele vem para continuar de forma ainda mais dura, através da força, os ataques que foram aprofundados depois do golpe institucional de 2016.

Após o segundo turno, recebeu acenos de figuras internacionais como o presidente norte-americano Donald Trump, que faz isso com uma explícita intenção de ter uma boa relação para descarregar a crise nos países capitalistas periféricos.

Trump, que já tinha declarado “dureza” do comércio com o Brasil, já deixou claro que é preciso reformas duras para que a crise seja ainda mais despejada nas costas do povo pobre, querendo carta branca para superexplorar os trabalhadores. Bolsonaro não tem dúvidas em submeter o país ao imperialismo e rifar os recursos naturais e os direitos dos trabalhadores. Antes de dar início ao seu governo já planeja aprovar a absurda reforma da previdência e coloca Marcos Pontes como ministro de Ciência e Tecnologia para seguir nessa linha entreguista.

Veja mais: O vassalo Bolsonaro no altar de Trump

Ao invés de usar a tecnologia e a ciência a serviço dos trabalhadores, de forma que todos os avanços e descobertas sejam revertidos para a melhora da condição de vida da população, Pontes como parte do projeto de Bolsonaro promete fazer o contrário: seguir atuando com setores privados e imperialistas que só visam o lucro.

Para enfrentar todos esse programa entreguista é preciso que a CUT e CTB, centrais sindicais dirigidas pelo PT e PcdoB, organizem uma luta consequente nos locais de trabalho, estimulando a construção de comitês para enfrentar Bolsonaro, o golpismo e as reformas. Diferente da estratégia eleitoral do PT que se mostrou impotente, é essencial que sejam construídas assembleias, debates, atos e paralisações para que os trabalhadores com sua força nas ruas coloquem que são os capitalistas que vão pagar pela crise que eles criaram.

 
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