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ELEIÇÕES 2018
Se Bolsonaro ganhar, mais inocentes morrerão’, diz mãe de jovem assassinado na Maré
Débora Torres

Bruna da Silva, mãe de Marcos Vinicius da Silva, morto na favela da Maré após ser atingido por um tiro quando está indo para escola em junho deste ano, afirmou que mais inocentes vão morrer caso Bolsonaro se eleja.

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“Se o Bolsonaro ganhar, pode preparar os sacos pretos, porque vai ter muito inocente para entrar dentro deles", disse a empregada doméstica enquanto participava de um ato de apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) na favela da Maré, RJ nessa terça-feira, (23).

No dia 20 de junho, Marcos Vinícius, 14 anos, estava a caminho da escola, uniformizado, quando foi atingido por um tiro na barriga. O estudante foi socorrido, mas morreu horas depois.

Antes de morrer, o menino teria dito à mãe que o disparo que o atingiu partira de um blindado da polícia. O complexo da Maré foi alvo de uma operação policial realizada pela Polícia Civil naquele dia e contou com apoio do Exército e da Força Nacional.

A intervenção Federal golpista no Rio de Janeiro deixa um rastro de sangue negro e proletário e com a hipócrita mensagem de combate à violência, vem exterminando brutalmente jovens, negros, mulheres e a população pobre das favelas.

“Meu filho Marcos Vinícius foi morto aos 14 anos de idade com a camisa da escola. Ele estava no caminho certo, no lugar certo e na hora certa. A culpa não foi nossa”, afirmou Bruna. E enfatiza: “Eu não quero que o 17 ganhe porque ele é a favor de arma de fogo".

Nós do Esquerda Diário defendemos o fim imediato dessa intervenção assassina, que todos os "autos de resistência" sejam julgados por júri popular. O problema da violência urbana é fruto da falta de direitos básicos como saúde, educação, emprego e moradia, e não mais repressão e grupos armados.

Dados oficiais do governo mostram que há uma ligação direta entre a economia e violência, defendemos um programa dos trabalhadores, como o não pagamento da ilegítima dívida pública pra que os recursos se voltem a necessidade da população, o confisco dos bens de políticos corruptos, assim como que os trabalhadores controlem os recursos da Petrobrás 100% estatal.

Também acompanhamos o ódio de todos os jovens que votarão no Haddad contra Bolsonaro, e contra essas eleições golpistas manipuladas pelo judiciário, que para impor uma mudança reacionária no regime retiraram o direito da população votar em quem quisesse. Mas nosso voto é crítico, pois não compactuamos com a política petista puramente eleitoreira, nem com seu programa que em momentos de crise significou ajustes contra os trabalhadores.

Exigimos que as centrais sindicais organizem a luta, e que em cada local de trabalho e estudo nos mobilizemos para além das urnas, a partir de comitês para derrotar Bolsonaro, os golpistas, a extrema direita e as reformas na luta de classes. Assim como a abjeta intervenção Federal não pode derramar mais sangue de jovens, estudantes, negros, mulheres e da classe trabalhadora. É preciso levantar essa grande força pra que sejam os capitalistas a pagarem pela crise.

 
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